Balas usadas para matar Marielle são de lote vendido à PF, diz TV
A vereadora foi morta com três tiros na cabeça e um no pescoço quando ia para casa
A Polícia Civil rastreou a origem da munição usada pelos criminosos para assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Pedro Gomes, na noite de quarta-feira (15), no Rio de Janeiro. De acordo com informações do RJTV, da TV Globo, as balas disparadas por uma pistola calibre 9mm pertenceram a lotes vendidos para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A partir de agora as polícias Civil e Federal vão iniciar investigação para saber se houve desvio do material como isso ocorreu.
Segundo a investigação, os lotes de balas foram vendidos à PF pela empresa CBC no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822. Na tarde desta quinta-feira, a polícia já sabia que os criminosos fizeram 13 disparos contra o carro da vereadora: nove na lataria e quatro no vidro.
“Além da investigação conduzida pela Polícia Civil pelo crime de homicídio, já foi instaurado inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime”, diz nota conjunta das duas corporações.
A morte de Marielle
A vereadora a foi morta com três tiros na cabeça e um no pescoço quando ia para casa, de carro, com o motorista Anderson Gomes, de 39 anos, assassinado com três tiros nas costas. Uma assessora, que estava ao lado de Marielle, sobreviveu e prestou depoimento à polícia.
Até a noite desta quinta-feira, a polícia sabia também que, na altura da Praça da Bandeira, na Rua Joaquim Palhares, um Chevrolet Cobalt prata, clonado, emparelhou à direita do veículo em que Marielle seguia. Um dos ocupantes disparou contra a parlamentar, atingindo o vidro e parte da porta traseira direita do automóvel. O carro onde estava a vereadora andou mais alguns metros, e os assassinos fugiram. Marielle e Gomes morreram imediatamente.