Artista gráfico Hélio de Almeida morre em São Paulo, aos 80 anos
Desde os anos 1960, ele produziu e criou capas para as principais revistas e editoras de livros do Brasil
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/07/FB_IMG_1721581964587.jpg?quality=90&strip=info&w=1080&h=720&crop=1)
O artista gráfico Hélio de Almeida morreu no sábado, 20, em São Paulo. Ele foi cremado neste domingo, 21, no cemitério da Vila Alpina. Ele tinha 80 anos, cumpridos na semana passada. As informações foram divulgadas por familiares e amigos nas redes sociais.
Almeida iniciou carreira como diagramador em 1964, no jornal Folha de S. Paulo. Em 1973, integrou a equipe de jornalistas que produziu VEJA, publicação semanal da Editora Abril lançada em 1968.
Após um breve retorno à Folha, onde desenvolveu o design de alguns dos suplementos, Hélio criou o projeto gráfico do nova revista semanal IstoÉ, publicada pela Editora Três e lançada em 1976. Durante oito anos como seu diretor de arte, Hélio desenvolveu um estilo direto de usar imagens cruas em suas capas, sempre apoiado em um excelente trabalho tipográfico que marcou uma época na história visual – e jornalismo – daquele país.
Hélio também produziu cartazes de teatro, logotipos e ilustrações para outras revistas nacionais. Em 1984, retornou à Editora Abril, convidado para reformular graficamente as revistas Exame e Maiores & Melhores, além de participar da criação da Exame Vip e da Exame Informática, então novas publicações.
Como diretor de arte da Editora Globo, foi responsável pelas revistas Globo Rural, ModaBrasil e todos os livros da editora, entre 1986 e 1989. A partir de 1989, passou a colaborar regularmente com a editora Companhia das Letras. Em 2008 publicou o livro Hélio de Almeida – Artista Gráfico. Atualmente trabalhando em sua casa em São Paulo, Hélio continua desenhando capas e ilustrações para diversas editoras, instituições e blogs, desenvolvendo vinhetas para canais de televisão, além de pintar painéis e criar esculturas.
Sua contribuição foi notável pelo rigor e apuro de suas criações, tendo sido um dos poucos brasileiros com obras editadas na revista suiça Graph, uma das mais conceituadas do mundo. Em 2008, lançou Hélio de Almeida: artista gráfico. O livro, com curtos e inspirados textos de Geraldo Galvão Ferraz e Ruy Castro, traz uma amostra alentada do artista gráfico e do refinado artista plástico que ele foi, com suas esculturas, suas caixas e seus desenhos.