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Artista gráfico Hélio de Almeida morre em São Paulo, aos 80 anos

Desde os anos 1960, ele produziu e criou capas para as principais revistas e editoras de livros do Brasil

Por Da Redação Atualizado em 23 jul 2024, 10h31 - Publicado em 21 jul 2024, 14h51

O artista gráfico Hélio de Almeida morreu no sábado, 20, em São Paulo, aos 80 anos, em decorrência de um infarto. Ele foi cremado neste domingo, 21, no cemitério da Vila Alpina. As informações foram divulgadas por familiares e amigos nas redes sociais.

Por um breve período, no início da carreira, trabalhou em publicidade e como artista plástico. Em 1963, começou no departamento de arte do jornal Folha de S. Paulo. Em 1968, foi convidado a integrar a equipe de VEJA, da editora Abril, onde ficou até 1973. Nesse mesmo ano voltou à Folha e desenvolveu um novo projeto gráfico para o suplemento Ilustrada.

Alguns anos depois, fez parte da criação da revista IstoÉ, onde permaneceu por oito anos. A mesma equipe lançou em 1979 o Jornal da República, com projeto gráfico do artista. A experiência, no entanto, durou apenas seis meses.

Em meados dos anos 1980, o designer voltou à Editora Abril para fazer a reformulação gráfica da revista Exame, Melhores e Maiores e criar o projeto de Exame Vip e Exame Informática. Na segunda metade da década, foi contratado como diretor de Arte da editora Globo, onde trabalhou com os títulos Globo Rural, Moda Brasil e foi o responsável gráfico dos livros lançados de 1986 a 1989.

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Paralelamente ao trabalho nas editoras, fez cartazes de peças teatrais como Macunaíma (1978) e Xica da Silva (1988), de numerosas exposições e coletivas de artistas plásticos e criou logos e projetos para instituições e empresas.

A partir de 1989, o designer começou a fazer projetos e capas para a jovem editora Companhia das Letras. Almeida criou capas e projetos para várias outras editoras, como Moderna, Nova Fronteira, Manole, institutos como o IMS e empresas, como o Objetivo.

Sua contribuição foi notável pelo rigor e apuro de suas criações, tendo sido um dos poucos brasileiros com obras editadas na revista suíça Graph, uma das mais conceituadas do mundo. Em 2008, lançou Hélio de Almeida: artista gráfico. O livro, com curtos e inspirados textos de Geraldo Galvão Ferraz e Ruy Castro, traz uma amostra alentada do artista gráfico e do refinado artista plástico que ele foi, com suas esculturas, suas caixas e seus desenhos.

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