Aprovação de Lula segue estável, mas economia preocupa, aponta AtlasIntel
Pesquisa mostra que população prevê futuro pior em seis meses

Pesquisa Atlas/Intel divulgada nesta quarta-feira, 28, revela que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve estável em relação às duas edições anteriores, feitas em maio e em junho. O petista segue com 51% de aprovação. A desaprovação oscilou dentro da margem de erro, passando de 47% para 46%.
No que diz respeito à avaliação de seu governo, o contingente de entrevistados que considera o governo ótimo ou bom é o mesmo que o avalia como ruim e péssimo: 43%. Essa situação curiosa era semelhante na edição de junho, mas com um ponto percentual a menos. Outros 12% consideram a gestão regular.
O presidente segue com melhor avaliação entre mulheres, nordestinos e pessoas com ensino superior. Na camada da população que ganha até 2 000 reais, a aprovação e a desaprovação praticamente empatam (49,1% a 48,9%). Lula vai bem no universo das pessoas que recebem acima de 5 000 reais. Entre os cortes realizados pela pesquisa, a maior desaprovação aparece no campo religião, com os evangélicos apresentando uma rejeição de 73,7%.
Onde o governo vai mal
A pesquisa avaliou também quais são as áreas apontados pela população em que o desempenho do governo deixa a desejar (em ordem de importância).
Três temas aparecem empatados:
- Segurança Pública: 50%
- Justiça e combate à corrupção: 50%
- Responsabilidade fiscal 50%
Já os principais problemas do Brasil, segundo os entrevistados, são:
- Corrupção: 56,8%
- Criminalidade e o tráfico de drogas: 56,3%
- Degradação do meio ambiente e aquecimento global: 22,9%%
- Enfraquecimento da democracia: 19%
Economia
Para 47% a situação da economia é ruim, contra 33% que consideram boa. Outros 21% acham que ela é “normal”. Os dados pioram para o governo, no entanto, no que diz respeito à expectativa para o futuro, 41% acreditam que a situação do país vai melhorar – uma queda de 8 pontos em relação ao levantamento anterior – contra 39% que apontam que ela deve piorar.
A pesquisa
A AtlasIntel ouviu 5 813 pessoas entre os dias 24 e 27 de agosto. A margem de erro é de 1 ponto percentual para cima ou para baixo.