Após 3 anos do crime que chocou o país, pai do menino Henry tem novo filho
Valentina nasceu no início desta tarde em uma maternidade do Rio de Janeiro
O engenheiro Leniel Borel, de 40 anos, que há três luta por Justiça, após a perda do menino Henry, morto aos 4 anos em circunstâncias não esclarecidas dentro de um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, se tornou pai novamente nesta segunda-feira, 22. Sua atual mulher, a médica Larisse Borel, de 28, deu à luz a uma menina, Valentina Borel Ribeiro, às 13h12, em uma unidade da maternidade Perinatal, também na Zona Oeste carioca. A bebê nasceu com 3,070 quilos e medindo 48 centímetros. Mãe e filha passam bem.
Mesmo vivendo um momento especial e tendo a chance de reconstruir sua vida em família, Leniel lembrou do filho assassinado. “Agradeço a Deus por me conceder novamente o milagre da vida: é uma dádiva ser pai novamente!”, disse a VEJA, emocionado. “Tenho certeza de que um filho nunca substituirá o outro e que continuarei lutando incansavelmente por Justiça pelo Henry, mas estou muito feliz com a chegada da Valentina Borel. Nossa menina será muito amada, respeitada e terá uma linda história”, completou. Juntos há mais de um ano, Leniel e Larysse se casaram oficialmente no início de 2024.
O primeiro filho de Leniel, o menino Henry, foi morto na madrugada de 8 de março de 2021. A ex-mulher do engenheiro, a professora Monique Medeiros, de 35 anos, e o padrasto do menino, o médico e vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, de 46, estão presos em penitenciárias fluminenses, acusados de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e crueldade), com emprego de tortura e coação de testemunha.
Embora ainda não tenha data marcada, a expectativa é que Monique e o vereador cassado sejam levados a Júri Popular este ano. Os detalhes da morte de Henry ainda são envoltos em uma grande aura de mistério. Após um fim de semana normal com o pai, ele foi entregue à mãe, Monique, no fim da tarde de domingo. Naquela madrugada, a criança deu entrada morta no Hospital Barra D’Or, a poucos quilômetros do apartamento onde o casal vivia há cerca de três meses. Ainda naquela manhã, Dr. Jairinho fez vários telefonemas, inclusive para o diretor daquela unidade médica, para que o corpo da criança não fosse periciado no Instituto Médico Legal (IML).
A versão sustentada pelo casal de acidente doméstico, na qual o menino teria caído da cama naquela madrugada, se mostrou fictícia com a divulgação do laudo da perícia da polícia carioca. Henry apresentava 23 lesões e, de acordo com o documento, morreu em decorrência de uma laceração hepática e hemorragia interna causadas por ação contundente. Ao longo das semanas seguintes ao crime, duas ex-namoradas de Jairinho traçaram o seu retrato como o de um homem violento e sádico, que sistematicamente agredia crianças pequenas com chutes e pancadas.