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Após prisão de Geddel, Temer convoca ministros ao Jaburu

Geddel é amigo pessoal de Temer há mais de 30 anos e durante muito tempo foi parte do núcleo peemedebista liderado pelo presidente

Por Da redação
9 set 2017, 13h22

O presidente Michel Temer convidou ministros e alguns parlamentares que estão em Brasília para um almoço neste sábado, na sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, às 13 horas. Segundo fontes, devem participar do encontro os mesmos nomes que estiveram na última quinta-feira, em encontro na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A convocação tem como objetivo discutir a reforma da Previdência, mas também debater reações para os acontecimentos que envolvem o Executivo e a Justiça.

Há pelo menos três fatos novos em relação ao último encontro do grupo no dia 7 de setembro. Uma das novidades foi a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que aconteceu na sexta, após a Polícia Federal apontar “fortes indícios” de que os 51 milhões de reais encontrados em um apartamento em Salvador nesta semana sejam dele. Geddel é amigo pessoal de Temer há mais de 30 anos e durante muito tempo foi parte do núcleo peemedebista liderado pelo presidente.

Outro fato novo foi a denúncia envolvendo justamente integrantes do PMDB no Senado. Também na sexta, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia por formação de organização criminosa por integrantes do PMDB do Senado Federal no âmbito da Lava Jato. Os denunciados são os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Edison Lobão, Jader Barbalho, Valdir Raupp, o ex-presidente e ex-senador José Sarney, além de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Os peemedebistas são acusados de receber 864 milhões de reais em propina e gerar prejuízo de 5,5 bilhões de reais aos cofres da Petrobras e perda de 113 milhões de reais para a Transpetro.

E, por fim, outra “novidade” que pode integrar o cardápio do almoço deste sábado foi o pedido de Janot para prender o empresário e dono do grupo J&F, Joesley Batista. O pedido ainda precisa ser analisado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Segundo apurou a reportagem, Janot também pediu a prisão do diretor do J&F, Ricardo Saud, e do ex-procurador Marcello Miller.

O almoço deste sábado deve contar com a participação do presidente do Senado, Eunício Oliveira, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), além dos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Helder Barbalho (Integração Nacional), este último convidado de última hora.

(Com Estadão Conteúdo)

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