Brasil

Após polêmica, prefeitura sinaliza flexibilização de regras em orlas do Rio

Donos de quiosques criticam medidas

Por Duda Monteiro de Barros SEGUIR SEGUINDO 22 Maio 2025, 16h48

Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro (Gonzalo Azumendi/Getty Images)

A prefeitura carioca admitiu que está disposta a repensar partes do novo decreto que impõe regras mais rígidas para as praias, como a proibição de música ao vivo e de venda de bebidas em garrafas de vidro nos quiosques. Embora reuniões com quiosqueiros e barraqueiros estejam marcadas para os próximos dias, a administração municipal afirmou que não haverá mudanças até a próxima semana.

O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, justificou as novas normas, citando o excesso de ruído e a transformação de quiosques em casas de espetáculo, além de reforçar que a fiscalização já resultou em multas e cassações.

Entre as regras mais polêmicas está a proibição de nomes e bandeiras nas barracas de praia, que agora só poderão ter numeração. Carnevale argumentou que a medida busca reduzir a poluição visual e a apropriação indevida do espaço público. Quanto aos ambulantes, o secretário afirmou que práticas tradicionais, como a venda de milho e queijo coalho, continuarão, mas destacou a proibição de equipamentos perigosos, como panelas com água fervendo e carrinhos no calçadão. Sobre as garrafas de vidro, a prefeitura sugeriu que os quiosques poderiam servir as bebidas em copos, evitando que o material circule pela areia.

O Ministério Público Federal também entrou no debate, pressionando pela demolição de quiosques que avançam demais na areia, os chamados “beach clubs”. A prefeitura afirmou que já realizou operações nesse sentido, mas ressaltou a necessidade de seguir procedimentos legais.