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Após dois adiamentos, prefeitura não dá nova data para abertura do Complexo Prates

Estrutura de 11 000 metros quadrados terá atendimento de saúde e acolhimento social para dependentes químicos e é uma das principais promessas para a revitalização da região da Cracolândia

Por Cida Alves
18 mar 2012, 13h02

Depois de adiar duas vezes a inauguração do complexo de atendimento social e de saúde da Rua Prates, no Bom Retiro, a prefeitura de São Paulo não se arrisca a dar uma nova data para abertura do local, que atenderá, prioritariamente, usuários de drogas vindos da região da Cracolândia. Chamada de Complexo Prates, a estrutura de 11 000 metros quadrados é uma das principais promessas da prefeitura para a revitalização da região.

Em janeiro, quando começou a Operação Centro Legal, uma das principais críticas foi a dispersão dos usuários de drogas pela polícia poucos dias antes da prometida inauguração do centro de acolhimento e tratamento de dependentes, que tem capacidade para atender até 1 200 pessoas por dia. Na ocasião, o prefeito Gilberto Kassab precisou vir a público para dizer que a atuação da PM não dependia da abertura do complexo. E se dependesse, até hoje não teria acontecido.

A previsão inicial de abertura do Complexo Prates era final de janeiro. A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antonio, chegou a dizer que o local abriria dia 30 de janeiro e estaria em pleno funcionamento no início de fevereiro. Mas a obra atrasou e uma nova data foi divulgada: início de março. O mês está quase na metade e ainda falta concluir a parte de saúde do complexo.

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“A área de atendimento social está prontinha e mobiliada, só aguardando a inauguração. Chegamos a cogitar abrir primeiro essa parte, mas desistimos da ideia”, disse Alda Marco Antonio ao site de VEJA. “Eu não falo mais em data para inauguração. Mas posso dizer que até dia 20 será entregue a obra na parte de saúde e depois só falta equipá-la”.

Segundo a secretária, o atraso nas obras ocorreu porque foi necessário fazer mudanças na estrutura do prédio que abrigará uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), que funcionarão 24 horas e terão onze leitos para observação e internação. Em entrevista à TV Folha, Kassab disse que a nova previsão de abertura do complexo é início de abril, mas não deu um dia específico.

Operação – O balanço da Operação Centro Legal divulgado na última sexta-feira informa que, em pouco mais de dois meses, foram presas em flagrante na região da Cracolândia 317 pessoas. “Mais de 90% dos casos estão relacionados ao tráfico de drogas”, disse o tenente-coronel Wagner Rodrigues, chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento da região do Centro de São Paulo.

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As estatísticas da PM informam ainda que foram apreendidos 65 quilos de drogas e mais de 2 000 pessoas foram encaminhadas para serviços de saúde. Porém, esse número se deve ao índice elevado de reincidência, quando o paciente, ao voltar para as ruas, busca novamente o crack. Foram encaminhados para internação 341 dependentes químicos e 84 foragidos da Justiça foram capturados.

Segundo a secretária estadual de Justiça, Eloisa Arruda, a operação não tem data para terminar. Ela afirmou que o comércio de drogas não existe mais e persistem apenas pequenos grupos de viciados que circulam pela Cracolândia e bairros vizinhos. A secretária negou que tenha havido migração do problema da droga para outros bairros da cidade.

Entretanto, o tenente-coronel Wagner Rodrigues reconheceu que há pequenos grupos que se deslocaram para as regiões de Santa Cecília, Liberdade, República, Largo do Arouche, Centro velho e até Higienópolis. “Mas temos um planejamento específico de patrulhamento para impedir a permanência desses grupos”, disse.

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