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Após Bahia e Minas, fortes temporais devem atingir mais estados, diz Inmet

No Centro-Oeste, volume de água pode chegar a 200 milímetros, próximo ao que causou estragos em cidades mineiras e baianas; chuva em MG deve ir até quinta

Por Da Redação 11 jan 2022, 14h20

Após os fortes temporais que provocaram estragos na Bahia e em Minas Gerais, as atenções da meteorologia se voltam para estados das regiões Centro-Oeste e Norte, onde os volumes de precipitações podem chegar próximos aos registrados nas cidades baianas e mineiras.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o nordeste do Mato Grosso e o oeste de Goiás podem ter as maiores precipitações até 17 de janeiro. A média na região deve ficar entre 80 e 150 milímetros de água, mas pode chegar a 200 milímetros em alguns pontos – índice semelhante aos verificados em Minas e na Bahia. Na Região Norte, o sul do Pará e o norte de Tocantins – onde os temporais já deixaram mortos e desabrigados — também devem acumular altos volumes de chuva.

No Sudeste, as regiões mais atingidas devem ser o sul e o oeste de Minas e a região norte do Rio de Janeiro. Em Minas, o Inmet prevê uma redução no volume de chuvas na região metropolitana de Belo Horizonte já nesta quarta, mas no estado o tempo só deve melhorar a partir de quinta-feira.

Em Minas Gerais, as tempestades provocaram estragos em todo o estado, incluindo estradas e barragens. Em Nova Lima, na região metropolitana da capital, o dique de uma barragem de sedimentos transbordou em uma mina que explora minério de ferro. A empresa Vallourec, que administra a mina, teve as operações suspensas e parte da população foi orientada a deixar suas casas. A prefeitura de Pará de Minas, a cerca de 80 quilômetros de Belo Horizonte, também monitora a barragem de uma usina hidrelétrica que corre risco de romper por causa do alto volume de chuvas.

Desde o início do período chuvoso, em outubro, dezenove pessoas já morreram em Minas. Há 145 municípios em situação de emergência, com 13.756 moradores desalojados e 3.481 que estão sem abrigo. Em meio aos desastres causados pelos temporais, a tragédia mais chocante ocorreu na cidade Capitólio, com a queda de uma pedra que se soltou do cânion no Lago de Furnas. Ao menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas após barcos serem atingidos pelas pedras.

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