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Após afastamento de agentes, caso de jovem baleada no Rio é investigado pela PF

A equipe era formada por dois homens e uma mulher, que usavam dois fuzis e uma pistola automática. Eles foram afastados da corporação

Por Redação Atualizado em 25 dez 2024, 15h38 - Publicado em 25 dez 2024, 15h38

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Oliveira, afirmou que ‘confia na eficiência’ da Polícia Federal para investigar o caso da abordagem desastrada da PRF no Rio, que resultou em um tiro na nuca da jovem Juliana Rangel, de 26 anos, na véspera do Natal. Em entrevista à GloboNews, Oliveira descartou relação entre o incidente e a publicação do decreto do governo Lula que aperta o cerco ao uso de força policial. “O decreto é uma medida acertada, e a atividade policial deve estar dentro dos limites autorizados pela lei.”

Segundo ele, a PRF tem feito esforços para desenvolver treinamento específico para atuação no Rio. No caso de ontem, a equipe da PRF era formada por dois homens e uma mulher, policiais que costumam fazer serviço administrativo e que estavam na escala de patrulhamento do Natal. Eles usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidas para perícia.

Segundo apurações iniciais, os agentes alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, e depois descobriram que tinham cometido um erro. Está sendo investigada uma situação violenta que teria ocorrido na mesma estrada alguns quilômetros antes, com outra patrulha da PRF.

Tiro na cabeça na véspera de Natal

A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal determinou o afastamento dos agentes envolvidos na ação que atingiu com um tiro na cabeça uma jovem de 26 anos na BR-040 nesta terça, 24.

Em nota, a PRF informou que os policiais foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. “Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, diz.

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Juliana Leite Rangel, atingida com tiro em ação da PRF
Juliana Leite Rangel, atingida com tiro em ação da PRF (Reprodução/TV Globo/Reprodução)

A vítima, Juliana Leite Rangel, estava indo com a família, de cinco pessoas, passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, quando o carro foi atingido por vários disparos feitos pelos agentes da PRF, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O caso aconteceu por volta das 21h. A jovem foi encaminhada ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Caxias, e precisou ser entubada, passou por cirurgia e o quadro de saúde é considerado gravíssimo.

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Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “a paciente, foi atingida por arma de fogo no crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências”.

O pai da jovem, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, também deu entrada na unidade de saúde com um tiro na mão esquerda. Ele foi avaliado pela cirurgia geral e ortopedia da unidade hospitalar, não sendo constatadas lesões ou fraturas, apenas um pequeno corte, e recebeu alta ainda na noite de terça-feira.

O carro de Alexandre com várias marcas de tiros e o da equipe da PRF foram rebocados para o pátio da delegacia federal, em Nova Iguaçu, onde foi feita a perícia e o depoimento dos policiais e das vítimas que estavam no carro, todos da mesma família.

(com Agência Brasil).

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