Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Após a volta do ‘pato da Fiesp’, Temer chama Skaf para conversar

Em uma agenda não-oficial, presidente recebe em sua casa em São Paulo o presidente da Fiesp e o ex-ministro Delfim Netto

Por Renato Onofre Atualizado em 4 jun 2024, 18h33 - Publicado em 23 jul 2017, 15h34

Em um encontro fora da agenda oficial, o presidente da República, Michel Temer, recebeu no início da tarde deste domingo o presidente do Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, durante cerca de quatro horas. Ambos saíram do local sem falar com a imprensa. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também esteve na casa do presidente.

A reunião aconteceu dois dias após a Fiesp “ressuscitar” o pato amarelo de cinco metros usados nos protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.  A entidade fez críticas ao aumento dos impostos PIS e Confins sobre combustíveis.

A Federação fez duras ataques a política econômica do governo. Em nota divulgada na sexta-feira, o Skaf afirmou que “independentemente de governos” a entidade é contra o aumento de impostos. O documento também faz fortes críticas a Meirelles: “Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho”.

Assim que o aumento foi confirmado, a Fiesp voltou a colocar o pato amarelo inflável na porta da entidade na Avenida Paulista. Além do pato no nível da calçada, a Federação posicionou outro mascote, um pouco menor, em uma sacada no mezanino do edifício. Também foram distribuídos cerca de 300 patinhos aos pedestres na avenida. Em nota divulgada na sexta-feira, o Skaf afirmou que “independentemente de governos” a entidade é contra o aumento de impostos.

O Radar On-Line revelou neste fim de semana que o ministro da Fazenda “perdeu espaço na galeria dos homens de confiança do chefe”. De acordo com a coluna, o presidente Michel Temer o considerou “desleal”. O motivo teria sido a sinalização feita por Meirelles a interlocutores avisando “que aceita permanecer na Esplanada mesmo se o presidente for afastado”. De qualquer forma, no momento, o governo descarta uma mudança na equipe econômica.

Continua após a publicidade

De acordo com interlocutores do governo, o encontro entre Temer e Skaf teve por objetivo aparar as arestas que surgiram depois do aumento dos impostos PIS e Confins sobre combustíveis. Com a alta, o governo espera uma arrecadação extra de 10,4 bilhões de reais. Estipulada via decreto assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB), a medida tem como efeito mais significativo a alta da alíquota da gasolina de 38 centavos por litro para 79 centavos.

Advogado é convocado

Além de Skaf, Delfim Netto e Meirelles, o presidente Michel Temer também recebeu neste domingo o seu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. No início de agosto, o plenário da Câmara vai analisar a denúncia com o peemedebista. Temer é acusado Procuradoria Geral de República por corrupção passiva com base na delação premiada de executivos da holding J&F, que controla o frigorífico JBS. Por se tratar do presidente da República, as investigações só podem prosseguir se houver autorização da Câmara dos deputados.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.