Alta do IOF vira nova arma da oposição contra governo Lula
Medida do governo federal pode ser tiro no pé, a um ano das eleições para o Executivo

Anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quinta-feira, o decreto que aumenta as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) passou a compor o arsenal de “armas” dos oposicionistas contra o governo Lula, que oscila em índices de popularidade.
A um ano das eleições para o Executivo, a assinatura do decreto 12.466 tem gerado críticas de entidades e colocou a oposição em efervescência.
Neste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro avisou que irá conversar com líderes do PL para que os parlamentares da legenda tomem medidas legais que possam barrar o aumento do IOF.
“O governo Lula persiste na elevação do IOF para as empresas, uma medida que irá reduzir investimentos, dificultar o acesso ao crédito, aumentar a inadimplência e gerar desemprego. Reitero que sigo em contato permanente com os líderes do PL para avaliarmos medidas legais que possam barrar mais esse ataque do governo Lula à livre iniciativa e à competitividade das empresas brasileiras”, afirmou.
Também do grupo da oposição, o partido Novo protocolou, na última sexta, um projeto na Câmara dos Deputados para sustar os efeitos do decreto de Haddad. O partido acusa o governo Lula de estar usurpando a competência privativa do Congresso ao utilizar um tributo de natureza extrafiscal como instrumento de arrecadação ordinária.