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Advogada reforça que Marçal sabia da ligação do PRTB com o PCC

Ex-consultora jurídica do partido confirma versão do ex-presidente da legenda em São Paulo

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 out 2024, 21h03

O ex-presidente do PRTB em São Paulo, o advogado Joaquim Pereira de Paulo Neto, contou a VEJA que Pablo Marçal sabia das ligações do partido com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme reportagem publicada nesta sexta-feira. A  ex-assessora jurídica da sigla, Patrícia Reitter, também confirmou que o ex-coach sabia da ligação com a organização. Os dois advogados foram vítimas de um atentado em Brasília no último dia 11, quando o carro em que estavam foi atacado por bandidos, que fizeram vários disparos. O carro era blindado e ninguém saiu ferido.

“Ele (Marçal) sabe de tudo. Ele sabe de tudo porque a gente se reuniu com o advogado dele, o doutor Tássio. Ele simplesmente olhou na nossa cara e disse que não tinha provas suficientes contra o Leonardo”, disse Patrícia. Segundo ela,  assim que recebeu essa informação, Tássio avisou Leonardo Avalanche, o presidente do partido, que decidiu punir a dupla de advogados, afastando ambos. Procurado por VEJA, Marçal afirmou que “isso é lenda”.

O advogado Joaquim Neto também confirma ter advertido Tássio Renam, assessor jurídico de Marçal durante a campanha, sobre as ligações do partido com a organização criminosa. O alerta teria sido feito ainda antes do primeiro turno. “O Pablo Marçal sabia que o Tarcísio Escobar representava o PCC e que havia  seis pessoas do PCC andando com a gente. Eu falei isso para o doutor Tássio”, disse Joaquim Neto a VEJA, conforme reportagem publicada na edição impressa de VEJA. Procurado, o advogado Tássio Renam não quis se pronunciar. Escobar foi ex-presidente regional do PRTB em São Paulo.

Joaquim Neto relatou ainda diversas passagens que demonstrariam as ligações do partido de Marçal com o PCC. O advogado afirma que foi o próprio Leonardo Avalanche quem apresentou a ele Tarcísio Escobar como líder do PCC. Avalanche e Escobar rebatem as acusações.

“Não temos ligação nenhuma com crime organizado. Isso foi a maior fake news das eleições de 2024″, disse Avalanche por meio de nota. Ele também negou ter feito ameaças aos dois advogados.

Tarcísio Escobar, que já foi indiciado pela polícia por organização criminosa, também rebateu as acusações. “Não tenho nada a ver com PCC. Tão me envolvendo com PCC, mas não faço nem parte”, disse. “Tive um sócio, tenho um sócio, esse sócio acho que foi pego numa gravação aonde falava que eu tinha envolvimento, só que não tem como comprovar nada contra mim, porque não têm nada de prova, reviraram toda a minha vida,  imóveis, empresa, mas não acharam nada contra mim”, rebate o ex-dirigente.

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