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A saga dos transgêneros

Especialista em crianças que não se identificam com seu sexo de nascimento fala das muitas dúvidas e das poucas certezas que a ciência já tem sobre o tema

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 ago 2017, 08h00 • Atualizado em 20 ago 2017, 08h00
  • A psicóloga americana Kristina Olson dirige o TransYouth Project, da Universidade de Washington. Trata-se de um dos principais centros de pesquisa do mundo sobre pessoas transgênero — como são chamados os indivíduos que nascem com o sexo feminino mas se sentem pertencentes ao gênero masculino, ou o contrário. Ph.D. pela Universidade Harvard e professora da Universidade de Washington, Kristina acompanha hoje 150 crianças transgênero, monitorando a percepção que têm de si mesmas e sua relação com amigos e familiares. A meta é chegar a 350 pesquisados e observá-los por um período de vinte anos. Em entrevista a VEJA, Kristina fala das muitas dúvidas e das poucas certezas que a ciência já tem sobre o tema.

    A existência de crianças transgênero é um fenômeno novo ou é algo que era simplesmente ignorado pela sociedade até recentemente? Pessoas transgênero sempre existiram ao longo da história. Muitos adultos contam que já sabiam que eram transgêneros desde a infância, mesmo que não soubessem a palavra certa para isso. A novidade é que, pelo menos nos Estados Unidos, há um pequeno número de crianças transgênero cujos pais apoiam sua nova identidade. No passado, crianças transgênero eram comumente ignoradas. Hesitavam em expressar sua identidade ou, quando o faziam, eram punidas, levadas a terapeutas que se propunham a “consertá-las” ou ensinadas a esconder seus sentimentos. Então, até recentemente, pessoas transgênero não se assumiam antes da idade adulta.

    Durante a infância, as crianças passam por várias fases. Como saber se a vontade de mudar de sexo também não é algo transitório? Essas várias fases também incluem a questão do gênero, de fato. Quando um terapeuta atesta que uma criança é transgênero, ele analisa quanto ela é insistente, consistente e persistente em sua identidade. Qualquer grande decisão que a família tome, como fazer a transição social daquela criança, acontece apenas depois de a identidade transgênero ter sido demonstrada por vários meses ou por vários anos de forma insistente e consistente. Não se trata de um processo rápido.

    O que é transição social? Significa apenas uma criança ou um adolescente mudar de nome, de pronomes e de visual. Ou seja: sem mudança de sexo.

    E o que significa uma criança ou adolescente ser “insistente” e “consistente”? Significa ter atitudes que se repetem ao longo do tempo. Não é o caso de uma criança que disse uma vez que gostaria de pertencer ao sexo oposto, ou daquela que só diz isso no Halloween ou quando brinca com o primo, por exemplo. É a criança que fala isso e fala de novo e de novo e de novo. Às vezes, talvez a criança nem possa chegar a exercer essa vontade, por causa do ambiente em que vive. Por exemplo, se quer ir à escola vestida com as roupas do sexo oposto, mas a escola não permite, ela provavelmente não fará isso. Mas vai manifestar sua vontade do mesmo jeito. Ela falará à mãe, ao pai, à professora, vai insistir na mesma ideia.

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