A revelia de sócia do ‘rei Arthur’ em audiência onde Cabral ficou calado
Caso é desdobramento da Operação Unfair Play, que investigou a compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016
A sócia de Arthur de Menezes Soares, o “rei Arthur”, a empresária Eliane Pereira Cavalcante, teve revelia decretada pelo juiz Gustavo Kalil, da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro, porque seu advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho não compareceu ao julgamento e nem nomeou outro defensor. No dia da audiência, na última sexta-feira, 24, foi enviado, por ele, um atestado que comprovaria sua inaptidão dado ferimento sofrido em viagem à França. No entanto, como consta na ata do processo, o documento enviado pelo advogado é uma declaração, não atestado.
Por causa da confusão, foi decretada a revelia de Eliane e o processo seguirá adiante sem a sua participação. Quando o réu é considerado revel, todas as alegações e provas apresentadas pela parte contrária são aceitas como verdadeiras, desde que estejam em conformidade com a lei.
Presa na operação Unfair Play, da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal, desdobramento da Operação Lava-Jato, Eliane é acusada de participar do esquema de compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. A operação foi motivada por um pedido do Ministério Público francês, no fim de 2016, após encontrar indícios de corrupção na candidatura do Rio em investigação sobre doping no atletismo.
Sérgio Cabral, que esteve no julgamento na condição de testemunha, por videoconferência, se reservou ao direito de permanecer em silencio. O ex-governador foi intimado para depor sobre os negócios do “rei Arthur” e de Eliane