A reformulação da Jovem Pan após derrota de Bolsonaro para Lula
Emissora passa por onda de demissões, depois do resultado do segundo turno
No final de 2021, o canal Jovem Pan foi lançado para a TV fechada do país. Desde então, a emissora se posicionou como um dos bastiões do bolsonarismo na televisão brasileira, abriu espaço para comentaristas e colunistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, com a derrota de Bolsonaro, nas urnas, para o ex-presidente Lula (PT), no último domingo, 30, a diretoria da Jovem Pan começou a organizar uma reformulação, para tentar se afastar do conservadorismo.
Até esta terça-feira, 1º, os integrantes Carla Cecato, Augusto Nunes, Guilherme Fiúza, Caio Coppolla, apoiadores de Bolsonaro, e Guga Noblat, opositor do governante, além do apresentador Maicon Mendes, foram demitidos.
“O que agora está sendo buscado na Jovem Pan é uma linha de formação mais igualitária nos posicionamentos políticos, porque é preciso haver o contraditório no jornalismo. Antes, não tinha muito essa contradição, a emissora apresentava-se mais conservadora”, explicou um dos componentes que permaneceram no canal.
Jovem Pan / Pingos nos Is foi um belo ciclo. Minha gratidão a todos os parceiros dessa jornada.
— Guilherme Fiuza (@GFiuza_Oficial) October 31, 2022
Nesta segunda-feira, 31 de outubro, deixei definitivamente Os Pingos nos Is. Obrigado por tudo, amigos. Logo estaremos juntos de novo
— Augusto Nunes (@augustosnunes) October 31, 2022
Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo.
— GugaNoblat (@GugaNoblat) October 31, 2022