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80 dias sem paradeiro: suspeitos em caso de mortos por dívida no PR seguem foragidos

Pai e filho foram ouvidos, liberados e desapareceram antes de quatro corpos serem encontrados; polícia vasculha bunkers no interior do Paraná

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 out 2025, 17h03 - Publicado em 23 out 2025, 16h51

O caso dos quatro homens que desapareceram e foram assassinados em Icaraíma, no interior do Paraná, após cobrarem uma dívida de 255 mil reais, completa oitenta dias nesta quinta-feira, 23, sem resolução. A polícia investiga várias pessoas, tendo dois homens, os devedores, como os principais suspeitos, mas eles seguem desaparecidos desde 4 de agosto.

A última informação referente ao caso foi divulgada pela polícia na terça-feira, 21: um homem que havia sido preso preventivamente por suspeita de envolvimento com os devedores foi solto após o prazo da medida cautelar ter acabado, sem que nada fosse provado contra ele.

O homem foi preso em setembro após ter sido visto dirigindo um Fiat Strada branco com a placa adulterada. A polícia acreditava que o veículo podia ter relação com a família dos devedores. Ele negou a relação, e os agentes não conseguiram provar o contrário.

Antes da liberação do suspeito, a última informação divulgada pela polícia foi a de que muitos bunkers estavam sendo encontrados na região e que as investigações corriam em sigilo.

O carro dos cobradores de dívida e seus corpos foram encontrados, em dias diferentes, enterrados em alguns desses bunkers. A polícia já havia declarado que a região possui muitas estruturas subterrâneas desse tipo por se tratar de uma rota do tráfico de drogas do país — muito próxima ao Paraguai.

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Relembre o caso

Três amigos desapareceram após viajarem de São Paulo ao Paraná para cobrar uma dívida de 255 mil reais. Eles foram contratados por um homem — que também desapareceu — para fazer a cobrança do débito, relativo a uma transação envolvendo um imóvel rural. A polícia trabalha com a principal hipótese de que os devedores tenham matado os quatro.

 

Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi trabalhavam irregularmente há pelo menos 13 anos fazendo cobranças de dívidas de modo agressivo e persuasivo, segundo a polícia. Eles foram contratados por um morador de Icaraíma, no noroeste do Paraná, identificado como Alencar Gonçalves de Souza, para que cobrassem o valor de um terreno rural da cidade que ele vendeu à família Buscariollo, moradora da região.

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Os três amigos saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, e chegaram a Icaraíma no dia 4 de agosto, quando já entraram em contato com os devedores. Sem resultado, eles voltaram no dia seguinte para continuar a cobrança, mas, desde então, perderam contato com os familiares — momento em que o desaparecimento deles foi informado à polícia.

“Os familiares deles contribuíram [com as investigações], mas não conseguem passar informações precisas sobre o negócio porque nenhum dos cobradores esclarecia exatamente a suas esposas qual era o exato objeto da cobrança. Eles falaram para elas de forma genérica que estavam vindo para o Paraná para cobrar uma dívida que tinha relação com um imóvel, mas não passaram para elas as minúcias do negócio que poderiam ajudar nas investigações”, explicou o delegado Gabriel Menezes.

Enquanto viajavam para o Paraná, os três homens fizeram uma foto no carro (imagem acima) e publicaram nas redes sociais.

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Do outro lado, os familiares do contratante, Alencar de Souza, também informaram o desaparecimento dele desde o meio-dia do dia 4. As últimas pessoas que tiveram contato com ele teriam sido Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho, respectivamente, quando ele teria cobrado pessoalmente o valor que eles deviam.

Ambos foram ouvidos pela polícia assim que os desaparecimentos foram notificados e disseram não ter qualquer relação com a compra do terreno. Eles teriam indicado outras duas pessoas da família como devedores do caso, mas a polícia não conseguiu confirmar essa versão até o momento, já que não conseguiu encontrar essas pessoas.

Pai e filho foram liberados, mas, em seguida, as autoridades abriram mandados de prisão preventiva contra eles — quando os policiais foram até a casa deles, no entanto, não encontraram mais nenhuma pessoa da família. Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo são considerados foragidos.

Os corpos foram encontrados enterrados em 19 de setembro, a 500 metros de onde o carro deles também foi encontrado, enterrado lateralmente, dias antes. Uma carta anônima foi entregue à polícia, ajudando-a a chegar à região.

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