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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

Terceira via? Tem, mas acabou

Disputa parece reduzida a Bolsonaro, Lula e Ciro

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2021, 13h38 • Atualizado em 16 jun 2021, 18h09
  • A janela para a viabilização de um candidato da Terceira Via, a opção liberal contra Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, está se afunilando. Em cinco dias, dois dos pré-candidatos – João Amoêdo, do Novo, e o apresentador Luciano Huck – desistiram e o PSDB criou regras de prévias que quase inviabilizam o surgimento de um nome.

    Depois de meses reclamando que Bolsonaro e Lula incentivam a polarização para manter suas bases acesas e, assim, evitar que um novo concorrente quebre essa dicotomia, a Terceira Via preferiu perder o jogo por WO.

    Hoje além de Bolsonaro e Lula, apenas Ciro Gomes está viabilizado. Embora tenha assinado um manifesta com outros pré-candidatos, Ciro não tem nenhuma relação com a articulação liberal da Terceira Via.

    O motivo mais evidente para as desistências de Amoêdo, Huck e a reticência do PSDB é a falta de votos. Nenhuma das opções chega a dois dígitos nas pesquisas e o potencial de votos dos nem-nem (aqueles que recusam Bolsonaro e Lula) parece estar reduzido a 15%, de acordo com simulações das pesquisas da Ideias.

    É inusitado, mas as regras eleitorais também incentivam os partidos a não ter candidato a presidente. É uma questão de alocação de recursos. Com a proibição das doações empresariais, as campanhas são sustentadas pelo Fundo Eleitoral, um orçamento de R$ 2 bilhões que é repartido entre as legendas de acordo com as bancadas eleitas para a Câmara. Ou seja, um partido que privilegiar as candidaturas para a presidência e governos estaduais ficará com menos recursos do que outro que elegeu mais deputados. Sem presidenciável e com um número reduzido de candidatos a governador, sobram mais recursos para as campanhas a deputado e a senador, como mostrou o repórter Ricardo Mendonça no Valor.

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    Pense no exemplo do PSDB. Em 2018, o partido tinha 49 deputados federais, a terceira bancada da casa. O partido colocou R$ 50 milhões para bancar os gastos da fracassada campanha candidato Geraldo Alckmin e só elegeu 29 deputados. Qual a motivação do PSDB entrar em uma campanha presidencial se não tiver chances reais de vencer? Zero.

    Por isso, a regras das prévias anunciadas nesta segunda-feira (15/06) são o roteiro para o partido não ter candidato. As regras tiram poder dos filiados e aumentam o peso dos parlamentares, justamente os que disputam com o candidato a presidente o dinheiro do Fundo Eleitoral. Ao deixar a prévia para novembro, o PSDB também reduz as chances de seu candidato se viabilizar a tempo. A articulação foi do deputado bolsonarista Aécio Neves para impedir que o governador João Doria seja candidato.

    Por isso, a resistência à candidatura de Doria não é realmente para colocar Eduardo Leite ou Tasso Jereissati no seu lugar, mas uma forma de não ter candidato nenhum. A mesma lógica vale para o Democratas do ex-ministro Henrique Mandetta, o MDB e o PSD. No fundo, todos disputam a possibilidade de se tornarem os fiéis da balança no Congresso a partir de 2023, seja o novo presidente Bolsonaro, seja Lula.

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