Lula mantém chance de vitória no 1º turno, diz pesquisa
Quaest mostra petista na margem de erro para vencer em seis cenários
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perto de vencer a eleição no primeiro turno, indica pesquisa da empresa Quaest divulgada nesta terça-feira, 4. No cenário mais provável, com Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e João Doria como candidatos, o petista tem 44% ante 44% dos três candidatos somados. Lula apenas não vence no primeiro turno se ao invés de Doria, o candidato for o ex-juiz Sergio Moro (quando Lula teria 44% contra 46% dos demais, na margem de erro) ou o apresentador José Datena (Lula 44 contra 47% da soma de Bolsonaro, Ciro e Datena).
A Quaest preparou seis cenários possíveis:
1. Lula 46; Bolsonaro, 29 ; Ciro, 12;
2. Lula 44; Bolsonaro, 27; Ciro,9; Sergio Moro, 10
3. Lula 44; Bolsonaro, 27; Ciro, 10; Datena, 10;
4. Lula 44; Bolsonaro, 29; Ciro, 10; Doria, 5;
5. Lula 45; Bolsonaro, 29 ; Ciro, 10; Eduardo Leite, 4;
6. Lula 45; Bolsonaro, 29; Ciro, 11; Mandetta, 3;
Nas simulações de segundo turno, Lula derrota todos os adversários recebendo entre 53% e 58% dos votos.
A pesquisa confirma os motivos de o presidente Bolsonaro ter entregue o comando político do governo ao Centrão: mantendo as coisas do jeito que estão, a derrota em 2022 é quase certa.
Mas não basta. Se tiver alguma estratégia para evitar a derrota, Bolsonaro vai precisar mudar a economia. De acordo com a pesquisa, os brasileiros estão pessimistas com o presente, mas surpreendentemente otimistas com a situação econômica do País. Metade dos 1.500 entrevistados se disseram muito (19%) ou um pouco (31%) otimistas com a economia nos próximos doze meses. Em condições normais, essa seria uma boa notícia para o governo, mas não é possível afirmar isso. O otimismo é compartilhado quase similarmente pelos eleitores de Bolsonaro (41%) e de Lula (38%), o que significa inferir que parte da boa perspectiva é de eleitores que acham que Bolsonaro vai deixar o governo.
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De acordo com o levantamento, 21% acham que a economia ficará como está e 24% que vai piorar.
O otimismo de metade da população contrasta com a avaliação rigorosa sobre a situação atual. 47% acham que a economia piorou muito nos últimos seis meses e 21% que piorou um pouco.
As perguntas sobre como o eleitor sente a economia no passado recente e qual a sua perspectiva para o futuro são duas fotografias clássicas da teoria do voto econômico, que tenta estimar a influência dos fatores econômicos nas eleições. Em termos genéricos, os estudos indicam que quando a perspectiva da economia é positiva a tendência do eleitorado é votar a favor do candidato que já está no poder, com a oposição sendo favorecida na situação inversa.
A única chance de Bolsonaro seria capturar este otimismo como consequência dos atos do seu governo. É difícil, não impossível. Para começar é precisar mudar o próprio Bolsonaro. Perguntados sobre quais os maiores problemas do país, 23% dos eleitores disseram a pandemia, 16% o desemprego, 13% o atendimento de saúde, 13% economia e 11% a corrupção, todas agendas nas quais o governo está devendo. Não houve citações relevantes, por exemplo, ao projeto de lei de impressão do voto, que é a única preocupação de Bolsonaro no último mês. Enquanto ficar nesta agenda, Bolsonaro perde.
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