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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Bolsonaro saiu do cercadinho para ir à ONU, mas o cercadinho não saiu dele

Presidente repete em Nova York as mentiras que diz no Brasil

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2021, 14h10 - Publicado em 21 set 2021, 11h56

A distância entre o cercadinho do Palácio da Alvorada, em Brasília, onde o presidente Jair Bolsonaro conversa com seus acólitos, e o prédio das Nações Unidas, em Nova York, ultrapassa os 6.800 quilômetros. O avião presidencial não tem capacidade para um voo direto e é preciso uma parada de reabastecimento, o que faz a viagem beirar as dez horas duração. Um segundo avião sempre acompanha a aeronave presidencial e é precedida por uma missão que escolhe os hotéis e os trajetos ao longo da visita. É uma honra para o presidente brasileiro participar com o primeiro pronunciamento na abertura da Assembleia Geral da ONU, mas é um custo que ultrapassa os US$ 500 mil (nunca saberemos o valore real no governo Bolsonaro porque todos os gastos presidenciais são qualificados como secretos).

Todo esse tempo e dinheiro poderia ter sido economizado. O discurso de Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (21/09) na ONU não pretendia mostrar a postura brasileira para o mundo, mas apenas falar com os eleitores bolsonaristas empedernidos. Bolsonaro saiu do cercadinho, mas o cercadinho não saiu de Bolsonaro.

No discurso falsificou números de redução do desmatamento na Amazônia, inventou uma recuperação econômica que só existe na sua cabeça e de Paulo Guedes, defendeu o tratamento médico criminoso responsável pelas mortes de milhares de pessoas por Covid, rejeitou a criação de um passaporte para vacinados, louvou as manifestações pró-ditadura do Sete de Setembro e culpou a imprensa e a oposição por exporem as suas fraquezas. Como tudo em Bolsonaro, sempre poderia ter sido pior, mas ao menos poderia ter economizado a viagem.

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