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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Biden vai chamar Bolsonaro e ONGs para Cúpula da Democracia

Ao chamar representes da sociedade civil, Casa Branca tenta evitar que presidente do Brasil use encontro como “selo de aprovação”

Por Thomas Traumann, de Washington
20 ago 2021, 05h39

O governo Biden tende a convidar o presidente Jair Bolsonaro e ONGs brasileiras para a Cúpula da Democracia, reunião virtual de líderes mundiais marcada para 9 a 10 de dezembro. O encontro, na prática, quer ser um fórum liderado pelos EUA para combater a influência da China e da Rússia, mas gerou um temor no  Departamento de Estado de que pudesse ser usado como um “selo de aprovação democrática” por alguns governos de viés autoritário, como o de Bolsonaro.

“Não há como fazer um debate sobre democracia sem o Brasil, um país que tem eleições limpas e incontestáveis há décadas e sistema de pesos e contrapesos que funciona”, disse a VEJA um diplomata americano. “Mas também seria um risco deixar que a Cúpula se tornasse peça de propaganda”.

Os convites para a Cúpula não foram realizados, mas o lançamento em 11 de agosto previa a participação de organizações da sociedade civil e empresários, além de chefes de governo. Depois do anúncio é que os assessores da Casa Branca viram que se Bolsonaro fosse convidado sozinho, ele poderia usar a participação para rebater as acusações de que está intimidando o Supremo Tribunal Federal e o Senado para tentar um autogolpe.

A Cúpula da Democracia faz parte da mesma família de projetos da Cúpula do Clima, fóruns liderados por Biden que pretendem reposicionar os EUA na influência por valores e preocupações abandonadas na gestão Trump. Por um lado, Biden tenta recuperar para os EUA algum poder de coordenação em ações globais, por outro responde aos anseios da base eleitoral do partido democrata, preocupada com as mudanças climáticas e com a propagação do trumpismo.

É pouco provável que tanto na Cúpula do Clima como na próxima sobre Democracia surjam resultados mensuráveis. Na sobre Clima, Biden falou sobre o plano de US$ 20 bilhões para financiar a proteção da Amazônia, mas sem a participação do Brasil o projeto não tem como dar certo. Para a Cúpula da Democracia, os EUA querem lançar um projeto de assessoria de políticas públicas de combate à corrupção e defesa dos direitos humanos.

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