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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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A força do antibolsonarismo

Pesquisas mostram que se não mudar, Bolsonaro perde

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 Maio 2021, 12h36

As pesquisas Datafolha e Datapoder divulgadas na quarta-feira são explícitas em revelar a armadilha que o presidente Jair Bolsonaro se meteu. Em um eventual segundo turno, Bolsonaro é massacrado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma diferença que varia de 15 pontos percentuais (50% a 35% no DataPoder) a 23 pontos percentuais (55% a 32% no Datafolha).

As sondagens dizem muito mais sobre a fragilidade do bolsonarismo neste momento do que a força de Lula. Na prática, o antibolsonarismo se tornou a maior força política do país.

Em termos gerais, o presidente mantem a sua popularidade entre os eleitores evangélicos, moradores de cidades do interior das região agrícolas do Sul e Centro-Oeste e empresários. O impasse é que para manter o apoio dos seus eleitorais mais radicais, Bolsonaro pisa o acelerador nos discursos golpistas, homofóbicos, misóginos e conspiratórios. Assim ele segura sob a sua aba um terço do eleitorado, mas não consegue crescer além disso.

A paralisação da economia, o desemprego recorde e o desastre na condução da Covid-19 apontam um governo sem agenda, sem perspectiva e a cada mês mais impopular. Apenas reproduzir o discurso de 2018 não vai repetir o mesmo número de votos, fruto de uma exaustão com o estilo de conflito eterno do presidente. O antipetismo segue alto, mas menos intenso do que me 2018.

Para ter chances em 2022, as pesquisas indicam que Bolsonaro precisa mudar. Mas como, se ele não sabe ser outro personagem que não este que está aí? A capacidade de o presidente fazer essa transição para reconquistar um eleitor menos radicalizado será fundamental para sua viabilidade em 2002. Bispos evangélicos, líderes do agro e a turma da Faria Lima podem gostar muito de Bolsonaro, mas eles não carregam alça de caixão. Se considerarem que Bolsonaro não tem chance, o abandonarão sem piedade.

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