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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Upfront 2013: as novas séries da TV americana

Encerrou o Upfront nos EUA, evento no qual os canais de TV apresentam aos anunciantes e imprensa sua nova programação, que começa a ser exibida a partir do mês de setembro. Durante a semana que passou, os cinco canais da rede aberta americana anunciaram a encomenda de quarenta e oito novas séries. Somando com as […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 06h13 - Publicado em 18 Maio 2013, 14h14

Encerrou o Upfront nos EUA, evento no qual os canais de TV apresentam aos anunciantes e imprensa sua nova programação, que começa a ser exibida a partir do mês de setembro. Durante a semana que passou, os cinco canais da rede aberta americana anunciaram a encomenda de quarenta e oito novas séries. Somando com as séries renovadas e outras produções anunciadas anteriormente, a TV americana tem um total de 102 séries para oferecer para os fãs.

Para encaixar tanta série na grade de programação, os canais utilizarão o período da Fall Season (que inicia em setembro), da Midseason (janeiro a março) e da Summer Season (junho a agosto). Algumas séries podem estrear em abril ou até mesmo em maio. Estes dois últimos meses representam o final da Temporada de séries nos EUA, também conhecida como Spring Season. Geralmente, as estreias deste período (especialmente as do mês de maio), são consideradas ‘tapa buraco’.

Normalmente, as novas séries recebem a encomenda de seis a quinze episódios iniciais. Se algum título não consegue estabelecer audiência, ele não recebe a encomenda de novos episódios para completar uma Temporada de vinte e dois episódios. Séries que estreiam na Fall Season são produções que visam completar vinte e dois episódios. As séries que iniciam na Midseason não têm a expectativa de ganhar novos episódios, visto que a Temporada de séries encerra em maio (algumas produções encerram em abril).

Nos últimos anos, os canais vêm utilizando o formato da produção da TV a cabo em algumas de suas séries, ou seja, temporadas com um número menor de episódios (entre treze e quinze), que são produzidas para exibição na Midseason. O ator Kevin Bacon, por exemplo, somente aceitou estrelar The Following se a série tivesse um número menor de episódios. Por isso, a série será sempre exibida na Midseason. As produções com baixa audiência, mas bem aceitas pela crítica e pelas mídias sociais, também estão sendo agendadas para este mesmo período.

A Summer Season não é um período comumente utilizado pela rede aberta. Ela é o período de estreias da TV a cabo. Esta é a temporada de férias de verão nos EUA, o que leva à queda da audiência. No entanto, este ano os canais da rede aberta decidiram disputar este público com a TV a cabo, programando novas séries para estrear neste período.

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Visto que estas estreias são consideradas uma experiência dos canais, não existe uma grande expectativa de renovação das séries americanas que forem exibidas neste período. Under the Dome, por exemplo, está sendo tratada como ‘evento’, podendo ser tratada como minissérie, caso a audiência não corresponda.

A minissérie é um formato que foi abandonado pela TV aberta na década de 1990, quando ele começou a ser oferecido pela TV a cabo. Desde então foram produzidas pouquíssimas minisséries para a rede aberta, algumas das quais eram séries que antes mesmo de sua estreia foram transformadas em minisséries (a exemplo de Day Onedepois transformada em telefilme).

O formato começou a ser produzido para a TV americana na década de 1970, que até então exibia minisséries britânicas, francesas e até russas. A boa receptividade conquistada pelas adaptações de livros de sucesso transformaram o formato em blockbusters televisivos. Com o tempo, o custo ficou maior que os benefícios. As minisséries não costumam dar lucro para os canais, tendo em vista seu alto custo, o número reduzido de episódios e não ser renovada para novas temporadas.

Mas o sucesso de audiência e de repercussão na mídia e nas redes sociais de Hatfield & McCoys e The Bible, ambas do History Channel, pode fazer com que o mercado televisivo da rede aberta volte a adotar este formato. Neste Upfront, a Fox foi a primeira a anunciar títulos para esse formato. Com isso, muitos veículos da mídia já estão considerando como definitivo o retorno das minisséries na rede aberta. Eu vejo como uma experiência que pode ou não dar certo por um período de tempo de um ou dois anos. Se conseguir se estabelecer, então podemos considerar como um retorno do formato à rede aberta.

Em meio ao avanço das novas tecnologias e do crescimento da TV a cabo, a rede aberta americana enfrenta uma contínua perda de público até mesmo para programas como reality shows, que até algumas temporadas atrás eram considerados a ‘galinha dos ovos de ouro’. Tanto exploraram o formato que ele começa a se esgotar. Com isso, o investimento em séries de TV pode voltar a ser uma prioridade. Para conquistar a audiência que prefere assistir séries no computador, tablets e celulares, a ABC, TNT e TBS (os dois últimos canais a cabo) começarão a oferecer streamings de suas séries simultaneamente à exibição na TV. Algo que poderá ser aproveitado apenas por quem está nos EUA.

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(E-D) Kurtwood Smith, Landon Gimenez e Frances Fisher em cena de ‘Resurrection’

ABC

No dia 14 de maio, a rede ABC divulgou a encomenda de doze novas séries (confiram a lista, o enredo e o elenco aqui) e confirmou o cancelamento de onze séries (confiram a lista aqui).

Nesta nova temporada, a ABC tem como missão recuperar rapidamente a audiência que perdeu entre 2012-2013. Para tanto, o canal aposta em dois blockbusters: Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D., série de super-heróis, e Once Upon a Time In Wonderland, spinoff de Once Upon a Time, que é uma das séries que vem perdendo audiência nos EUA. Estas e Resurrection são as únicas produções que se destacam do pacote anunciado pelo canal.

Resurrection é uma produção que traz uma proposta parecida com a francesa Les Revenants. O tema da ressurreição não é muito explorado pela TV americana e a maioria das poucas séries abordaram mal ou superficialmente a questão.

O tema é interessante e, em meio a vampiros, lobisomens, alienígenas, assassinos em série e zumbis, acho que está na hora da TV americana ampliar seus horizontes. Será frustante se Resurrection desviar seu foco e adentrar no universo das conspirações governamentais ou viagens no tempo, ou tentar dar uma resposta racional e definitiva à pergunta ‘existe vida após a morte?’. Esta é uma produção que terá que deixar o mistério em aberto, para o público tirar suas próprias conclusões. Temerosamente, aguardo a estreia desta série para ver o caminho que ela pretende seguir.

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Once Upon a Time in Wonderland parece ser uma produção backup, termo que utilizo para séries que são produzidas com o objetivo de substituir outra já existente com o mesmo tema, caso esta baixe a audiência a um nível insustentável; ou seja, se Once Upon a Time continuar a perder audiência a ponto de ficar muito caro produzi-la, sua spinoff poderá tomar seu lugar. Caso contrário, a rede ABC conseguirá lucrar com a franquia que se inicia.

Durante o desenvolvimento de projeto, a spinoff chegou a ser divulgada pelo TV Line como uma minissérie que traria uma história diferente a cada temporada, com exibição na Summer Season, preenchendo o período em que Once Upon a Time entraria de férias. Em seu Upfront, a rede ABC não confirmou esta informação e anunciou a estreia da série para a Fall Season. O tempo dirá qual é a real proposta da série. Neste momento, ela é estrelada por Alice que volta ao país das maravilhas. Realmente, se ficar presa à história desta personagem ou seu universo, a série vai se desgastar rapidamente. A ideia de explorar um conto diferente por temporada é mais interessante!

Quando pequena, assistia aos filmes do Superman (que para mim sempre será o Christopher Reeve), comprei caixas de picolé Kibon para trocar os palitos por figurinhas do Flash Gordon, vestia a máscara da dupla dinâmica (minha irmã era o Batman, eu o Robin) e pedalava a bicicleta que era o nosso Batmóvel, liguei para um canal de TV para pedir a reprise do Besouro Verde, não perdia nenhum episódio do Homem do Fundo do Mar, colecionava gibis do Fantasma e do Mandrake, sonhava em ser a Mulher Biônica e ter um Steve Austin e ao final de cada episódio da Mulher Maravilha, amarrava meias nos pulsos e fingia que eram braceletes. Tive minha fase de gostar de super-heróis! Hoje devo ser a única pessoa que não está contando os dias para a estreia de Marvels’ Agents of S.H.I.E.L.D.! Mas pretendo conferir se a série preenche as expectativas geradas pela campanha de marketing da ABC.

CBS

O Upfront da CBS foi realizado no dia 15 de maio, quando foram apresentandas oito novas séries (confiram a lista, o enredo e o elenco aqui) e confirmando o cancelamento de seis séries (confiram a lista aqui)

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O canal continua sendo o que gera maior audiência nos EUA. Quem acompanha a produção americana sabe que a CBS não está em primeiro lugar por oferecer as melhores séries, mas por ser o único entre os quatro grandes (ABC, CBS, Fox e NBC) que explora com mais afinco as fórmulas, as quais oferecem elementos e tipos que interessam a massa. Produzindo comédias com personagens caricatos e temáticas populares, bem como dramas policiais e de aventura (os três gêneros favoritos do grande público), ele consegue se manter no topo sem muito esforço, enquanto os demais concorrentes ainda insistem em investir em séries que satisfazem segmentos de público (melodramas, fantasia, ficção, musical, terror, etc), reduzindo sua audiência.

Mantendo-se no tradicional, a CBS também se apóia em nomes conhecidos do grande público. Entre as oito novas séries anunciadas pelo canal, sete delas são estreladas ou produzidas por nomes famosos. Nenhuma nova série da CBS chama a atenção de fato, todas se destacam em função de quem estrela ou de quem criou/produz.

A sitcom The Crazy Ones traz de volta à TV o ator Robin Williams, que se lançou com Mork & Mindy nos anos de 1980. Além de Williams, a série também é estrelada por Sarah Michelle Gellar, a eterna Buffy, a Caça Vampiros. Outras sitcoms com nomes conhecidos são The Millers, criada por Greg Garcia (Raising Hope) com Will Arnett, Beau Bridges e Margo Martindale, que vem conquistando fãs desde sua participação na segunda temporada de Justified; We Are Men, com Tony Shalhoub, o eterno Monk, Kal Penn, de House, e Jerry O’Connell (cuidado, pé frio, já enterrou três séries na sequência); Friends With Better Lives, com James Van Der Beek, de Dawson’s Creek; Intelligence, que traz de volta à TV o ator Josh Holloway, sucesso em Lost; e Hostages, série (ou minissérie?) produzida por Jerry Buckheimer estrelada pela premiada Toni Collette.

Mas a maior aposta do canal é Mom, não porque traz algo novo mas por ser criada e produzida por Chuck Lorre, o atual Midas da casa. Lorre é responsável pelos sucessos de The Big Bang Theory, Two and a Half Men e Mike & Molly, embora esta não seja tão badalada quanto as duas primeiras. Em função disso, qualquer projeto assinado por Lorre será automaticamente aprovado pelo canal, …até ele fracassar. Esta foi a trajetória dos Midas da TV que vieram antes dele.

O ‘patinho feio’ da nova programação da CBS é Reckless, que foge ao gênero comumente explorado pelo canal. Além de ser um melodrama jurídico (que fará companhia à The Good Wife, que pode encerrar com a quinta temporada), a série não foi criada por um grande nome e não traz nomes famosos no elenco. O mais conhecido é Cam Gigandet, de The O.C.

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A grande novidade do canal é a de que este ano ele está apostando em duas sitcoms não tradicionais. Já faz alguns anos que a CBS vem investindo no formato sitcom tradicional, gravada com multi-camera diante de uma audiência. Com The Crazy Ones e We Are Men, a CBS oferece duas sitcoms gravadas com uma única câmera e sem a presença do público.

Elenco de ‘The 100’

CW

O canal CW anunciou sua nova programação no dia 16 de maio, apresentando quatro novas séries (confiram a lista aqui) e confirmado o cancelamento de quatro produções (confiram a lista aqui).

Este ano a grande aposta do canal é o gênero ficção/fantasia. Com um total de cinco novas séries (somando a spinoff de The Vampire Diaries anunciada em abril), quatro são de ficção científica ou fantasia: The 100, sobre sobreviventes do holocausto nuclear que tentam repovoar a Terra; Star Crossed, sobre alienígenas vivendo entre humanos; The Tomorrow People, sobre o próximo estágio da evolução humana; e The Originals, sobre vampiros, bruxas e lobisomens.

Na contramão está Reign, drama de época que narra a juventude da Rainha Mary Stuart da Escócia. A série foge dos padrões do canal, voltado para o público jovem. Até hoje, o CW produziu apenas duas séries de época: Everybody Hates Chris e The Carrie Diaries, as duas situadas na década de 1980. A trama de The Vampire Diaries costuma viajar ao passado, mas sem perder o presente de vista.

Somando com as produções já existentes na grade de programação do canal, o CW terá um total de oito séries de ficção/fantasia contra três dramas (ReignThe Carrie Diaries e Hart of Dixie) e uma aventura (Nikita).

Algumas dessas produções chamam a atenção, mas a perspectiva de que consigam convencer são baixas. Cresci assistindo The Tomorrow People, a versão britânica que deu origem ao remake do CW, mas não tenho muitas esperanças de que o canal consiga fazer um bom trabalho com a proposta original.

The 100 pode vir a se tornar algo que valha a pena conferir. Parece uma mistura de Babylon 5 (dos anos de 1990) com Starlost (dos anos de 1970) e The New People (dos anos de 1960). A primeira era uma produção sobre uma estação espacial por onde passavam diversos povos, criando um conflito político, social e cultural; a segunda é uma série canadense sobre sobreviventes da Terra que viajam há gerações em uma espaçonave, sendo que os atuais habitantes ignoram o fato de que estão em uma nave; e a terceira era uma série de Rod Serling que narrava a vida de um grupo de delinquentes que tentam sobreviver em uma ilha deserta.

(E-D) Beau Bridges, Will Arnett e Margo Martindale em ‘The Millers’

Fox

O canal Fox anunciou no dia 13 de maio a encomenda de nove séries (confiram a lista, enredo e elenco aqui) e confirmou o cancelamento de cinco séries (confiram a lista aqui). O canal ainda não definiu o futuro de The Goodwin Games, que ainda não estreou, mas a expectativa é a de que seja cancelada.

Acreditem ou não o maior destaque do Upfront do canal Fox foi o anúncio do retorno de 24 Horas, produzida entre 2001 e 2010. A volta de Jack Bauer ofuscou o anúncio das novas séries do canal, que não oferece produções que se destacam.

Sleepy Hollow chama a atenção pelo visual. Esta é uma adaptação da história de A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, criada por Alex Kurtzman e Roberto Orci, ambos de Fringe, e Philip Iscove. A nova série de J. J. Abrams, Almost Human, parece ser o resgate da proposta de Missão Alien, também da Fox. Almost Human gira em torno de uma dupla de policiais, um é humano e o outro é um andróide, que compreende melhor a raça humana que os próprios humanos. Missão Alien apresentava a vida de uma dupla de policiais, um humano e um alienígena, que conseguia, no seu processo de compreender a humanidade, mostrar para eles sua própria cultura e modo de vida.

O canal oferece dois remakes: Rake, versão americana de série australiana (a versão original estreou no Brasil pela + Globosat), e Us & Them, remake de sitcom britânica clássica, inédita no Brasil, mas disponível no mercado internacional de DVD. Nenhuma das duas chama a atenção, embora os originais valham a pena conferir. Já Gang Related se propõe a ser um drama na linha de The Shield, série do FX que apresentou a vida de um policial corrupto. Na série da Fox temos um membro de gangue que se torna policial mas continua trabalhando em favor dos criminosos.

A minissérie Wayward Pines pode ser algo interessante de acompanhar. Produzida por  M. Night Shyamalan, a história parece o cruzamento entre Twin Peaks e O Prisioneiro. O canal ainda desenvolve outros projetos de minisséries.

James Spader em ‘The Blacklist’

NBC

O canal divulgou sua nova programação no dia 13 de maio, quando anunciou a encomenda de onze séries (confiram a lista, o enredo e o elenco aqui) e o cancelamento de doze séries (confiram a lista aqui). O canal ainda não definiu o futuro de Hannibal. No caso de ser cancelada, ela poderá ser resgatada por um canal a cabo ou até mesmo pelo Amazon.

Lutando para recuperar sua idade de ouro, a NBC vem registrando baixa audiência desde o cancelamento de Plantão Médico/ER, seu último grande sucesso, que saiu do ar registrando a média de 10.3 milhões de telespectadores, ao vivo. Hoje é comemorando com festa quando qualquer série do canal consegue conquistar esta audiência.

O que mais chama a atenção nas novas séries da NBC é a quantidade de sitcoms familiares. Seria a tentativa do canal de se aproximar do sucesso de Modern Family? A NBC terá sete novas sitcoms (estou somando a Summer Season), das quais seis são sitcoms familiares (About a Boy, Family Guide, Welcome to the Family, The Michael J. Fox Show, Sean Saves the World e Camp). A única que escapa, mas não vai muito longe, é Undateable, que gira em torno de três amigos que não dão sorte em relacionamentos com mulheres. Mesmo assim, as famílias desses personagens se fazem presentes. Vale a pena ressaltar que The Michael J. Fox Show e Sean Saves the World mostrarão os protagonistas dividindo-se entre ambiente familiar e de trabalho; e Camp apresenta um acampamento de verão frequentando por diversas famílias. (Observação: não contabilizei Save Me, que é uma série anunciada no Upfront de 2012 e que ainda não estreou).

Entre as sitcoms que já existiam na grade do canal sobreviveram apenas duas: Parks and Recreation e Community, que recebeu a encomenda de apenas treze episódios, com previsão de estreia para a Midseason.

No gênero dramático, a NBC consegue diversificar mais. Entre nove dramas anunciados pelo canal, três são policiais (The Blacklist, Ironside e Chicago PD), um é ficção (Believe), um é drama médico (Night Shift), dois são de espionagem/conspiração (Crossing Line e Crisis), um é de fantasia (Drácula) e um é de época (Crossbones). Ironside é um remake de série produzida na década de 1970 e Chicago PD é spinoff de Chicago Fire. Já Crossing Line é uma série alemã, contando com a presença de atores americanos, que foi adquirida pela NBC para ser exibida na Summer Season. Vendida a canais internacionais, ela não depende da audiência americana para continuar a ser produzida.

A que chama mais a atenção é The Blacklist. Embora seu enredo remeta a séries como O Rei dos Ladrões (da década de 1960) e White Collar (em produção), a série traz uma proposta vista em O Silêncio dos Inocentes, da obra de Thomas Harris, que criou o personagem Hannibal Lecter, atualmente retratado na série da NBC, Hannibal.

The Blacklist gira em torno de um ex-militar do serviço de inteligência que se torna um dos criminosos mais procurados do país. Uma lenda entre policiais e bandidos, ele decide se entregar aos federais sem revelar os motivos que o levaram a tomar esta decisão. Raymond concorda em ajudar a polícia a capturar terroristas e outros criminosos na condição de que ele trabalhe ao lado de Elizabeth, uma agente novata do FBI que aparentemente não tem nenhuma conexão com ele.

Cria-se aqui o mesmo tipo de relação que existia entre Hannibal Lecter e a agente Clarice Starling que, dos livros publicados por Harris, é a mais popularmente conhecida graças ao sucesso do filme estrelado por Anthony Hopkins e Jodie Foster. Esta é uma relação que, segundo o produtor Bryan Fuller em entrevistas, será explorada na série Hannibal caso ela seja renovada (muito embora o que vemos atualmente também se aproxima dessa fórmula).

O fato da NBC ainda não ter definido o futuro de Hannibal pode ser um sinal de que ela esteja cogitando a possibilidade de trocar uma pela outra. Hannibal não tem conseguido registrar uma boa audiência e é criticada por seu visual violento, o qual a levou a ser cancelada por um canal regional que retransmite a programação da NBC (o mesmo que tirou do ar The Playboy Club e The New Normal). O melhor que poderia acontecer para a série é ela ser cancelada para poder migrar para a TV a cabo, onde é seu lugar. Se ficar na rede aberta, dificilmente conseguirá passar da segunda temporada.

Entre as novas séries da TV americana (Summer Season + Fall Season), apenas treze despertaram minha curiosidade: Under the Dome, Resurrection, The Millers, The 100, Sleepy Hollow, Gang Related, Wayward Pines, The Michael J. Fox Show, Crisis, Drácula, Crossbones, The Blacklist e o retorno de Jack Bauer.

Vamos ver quantas sobrevivem!

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