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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Série LGBT ‘Com Amor, Victor’ esbanja a leveza do DNA Disney

Derivada do filme 'Com Amor, Simon', produção segue receita da casa do Mickey Mouse e mantém tom leve, mesmo entre as dificuldades da saída do armário

Por Tamara Nassif 2 ago 2021, 16h06

Latino, de baixa renda e novato na escola. A tríade que coloca Victor Salazar, protagonista da série Com Amor, Victor, na base da pirâmide social americana é selada com chave de ouro: o jovem vivido por Michael Cimino ainda enfrenta dilemas sobre sair (ou não) do armário. A coisa complica quando Mia (Rachel Hilson), a garota popular do colégio, se interessa por ele – ficar com a bonita seria seu passaporte definitivo para o panteão dourado do ensino médio. O que fazer?

Reprimidas por décadas e agora tendência, com representantes nos mais variados canais, as séries teens de temática LGBTQI+ costumeiramente andam sobre o terreno arenoso do ativismo e do drama. Não é o caso de Com Amor, Victor, que expande o subgênero ficcional que abraça a comprida sigla com uma roupagem leve e deveras otimista. Não à toa, por trás do título está a gigante do entretenimento frugal: a Disney. Exibida lá fora pelo Disney+ e pela Hulu, o seriado que já conta com duas temporadas e uma terceira confirmada finalmente chega ao Brasil no final de agosto pelo STAR+, nova plataforma de streaming da empresa do Mickey Mouse na América Latina.

Derivada do filme Com Amor, Simon, a série se passa no mesmo universo da comédia romântica de 2018. Lá, no entanto, a saída do armário do protagonista acontece em um ambiente permeado por afeto, compreensão e condições bem mais favoráveis do que as de Victor – para além de gabaritar quase todas as caixinhas das chamadas minorias sociais, o jovem latino ainda carrega nas costas o fardo de ser a “rocha” da família. A situação em casa é de tensão: apesar de não ser totalmente homofóbica, não parece ser uma das mais “prafrentex”, e o dilema identitário do rapaz esbarra no medo de causar sofrimento aos pais. A situação econômica é a cereja do bolo, a ponto de o garoto ser ridicularizado por colegas mais abastados do time de basquete. “Se você já é o diferente, por ser o único do time que não pode pagar o equipamento, vai querer realmente se diferenciar ainda mais anunciando esta outra parte de si quando existe a opção de ficar com a garota mais popular do colégio?”, questionou o diretor da série Isaac Aptaker em coletiva de imprensa da qual VEJA participou.

Assoberbado pelos problemas, Victor pede ajuda a Simon, que, no longa de 2018, frequentava a mesma escola e agora lhe estende a mão e dá dicas de como lidar com o dilema pessoal. É aí que reside boa parte da leveza da Disney: o apoio não só ajuda Victor a fazer as pazes consigo mesmo, mas a colocar as intempéries sob outra perspectiva. A trama, assim, foge do lugar comum de somente expor os dramas da vida gay e se volta aos dilemas do amadurecimento – mas também aos pepininhos tipicamente adolescentes, como quem vai levar quem para o baile, ou embalos de um triângulo amoroso complicado. A guinada engrossa a lista de séries que vem buscando um retrato mais real (e menos estereotipado e melancólico) da comunidade LGBT, caso da comédia romântica Você nem Imagina, também da Netflix, com um romance entre duas garotas.  

Na coletiva, o protagonista Michael Cimino comemorou a chegada da série ao país: “Embora não saiba muito do Brasil, sei que não é uma realidade fácil para a comunidade LGBT. Fico feliz que esteja chegando nesse momento e o fato da série retratar a vida gay com precisão vem em boa hora. Eu amo o impacto que isso causa e a diferença que faz na vida de outras pessoas.”

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Com Amor, Victor estreia no Brasil em 31 de agosto, pelo streaming Star+. Confira o trailer abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=S7iyAHFoih8

 

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