Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
Continua após publicidade

Robô: até a palavra foi criada em laboratório

Não é todo dia que uma palavra de criação literária salta das páginas para invadir o vocabulário comum de uma língua. O que dizer, então, de um vocábulo saído da obra de um único escritor que acaba adotado virtualmente no mundo inteiro? Essa glória coube ao autor tcheco de ficção científica Karel Čapek (1890-1938), em […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 05h28 - Publicado em 3 set 2013, 16h02

karel-capekNão é todo dia que uma palavra de criação literária salta das páginas para invadir o vocabulário comum de uma língua. O que dizer, então, de um vocábulo saído da obra de um único escritor que acaba adotado virtualmente no mundo inteiro?

Essa glória coube ao autor tcheco de ficção científica Karel Čapek (1890-1938), em sua peça teatral de 1920 sobre autômatos de aparência humana criados por um certo Rossum, cientista genial. Chamada R.U.R. – Rossumovi univerzální roboti (“Os robôs universais de Rossum”), a obra trazia já no título o neologismo que imortalizaria o autor.

A palavra robô desembarcou no português em algum momento não identificado da primeira metade do século XX, certamente depois da chancela do inglês e do francês: montagens da peça estrearam com sucesso em Londres e Nova York em 1923; a tradução francesa é do ano seguinte.

A palavra é derivada do termo tcheco robota (“trabalho forçado”). Em artigo escrito para o dicionário Oxford, Čapek explicou que a princípio pensou em chamar suas criaturas de labori, com base no latim labor (“trabalho”), e que coube a seu irmão Joseph, também escritor, propor roboti, que lhe pareceu uma solução mais sonora e sugestiva.

Louve-se sua modéstia, mas parece que estamos, no mínimo, diante de um caso de autoria compartilhada: sem o sucesso da criação ficcional do dramaturgo, o neologismo não teria conquistado o mundo.

Exatamente como fazem, aliás, os robôs da peça de Čapek, que fogem ao controle da humanidade, desenvolvem sentimentos próprios e terminam por destruir a espécie que os criou – enredo que inspiraria uma infinidade de histórias de ficção científica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.