Governo implanta o Escola sem Verba
Para pôr fim ao marxismo, o melhor mesmo é cortar o capital
Depois da Escola sem Partido que Não Seja o Meu, nesta semana o governo Bolsonaro anunciou um novo projeto: o Escola sem Verba. Mais uma vez, trata-se de uma questão de viés ideológico. Para pôr fim ao marxismo, o melhor mesmo é cortar o capital. E não só das universidades. O ensino básico, que parecia ser o foco do investimento, também está minguando. Agora, em vez de ler e escrever e fazer contas, como o presidente Bolsonaro havia defendido, o governo prefere que os alunos só aprendam a usar as digitais. E bater continência, já que os colégios militares não terão cortes.
Enquanto isso, o ministro da Educação, depois de escorregar no português e escrever “incitar” com S, tropeçou na literatura. Chamou o escritor Franz Kafka de “kafta”. Especula-se que as verbas da Educação migrem para o aprendizado de ministros.
Publicado em VEJA de 15 de maio de 2019, edição nº 2634
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