O vice-presidente Hamilton Mourão informou que poderá haver uma reforma ministerial depois das eleições no Congresso, e avisou que Ernesto Araújo pode ir para a rua.
Como ressalvou que não tem “bola de cristal” e não participou de discussões sobre o assunto, é de se supor que Mourão esteja revelando o que gostaria que acontecesse. Ou o que faria se estivesse na cadeira de presidente.
Em entrevista à CNN, Mourão queixou-se de ter pouco diálogo com o presidente Bolsonaro, reclamou de que as conversas são tão espaçadas que ele fica até sem saber como agir (não que isso o impeça de dar palpites no ministério).
Se Mourão fosse Michel Temer, em vez de reclamar de Bolsonaro para a imprensa, mandaria ao presidente uma carta começando com “verba volant”.
Se Leonel Brizola estivesse vivo, diria que Mourão “já está costeando o alambrado”, a expressão sutil que o bravo engenheiro usava para dizer que alguém estava se preparando para trair.
Mourão está pronto para ser presidente.