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Ricardo Rangel

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E o bufão transformou a CPI em picadeiro

O desnecessário e nocivo depoimento de Luciano Hang resultou em um enorme tiro no pé dos senadores

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 set 2021, 19h41

Luciano Hang é um bufão, um moleque, um exibicionista, um irresponsável e um negacionista. Sua conduta é irritante, eventualmente revoltante e até repugnante, como foi o tratamento que deu à própria mãe.

Mas nada disso é crime.

E se Hang cometeu de fato crime, como seria o financiamento de fake-news do qual é suspeito, a CPI não tem, como ficou claro, nenhuma prova ou evidência concreta contra ele, só suposições e ilações.

Então, o que exatamente a CPI pretendia ao convocá-lo? Alguém esperava que o bufão não se comportasse como bufão? Que o moleque não fosse moleque? Que o negacionista não negasse? Alguém esperava que a tropa de choque perdesse uma oportunidade de ouro para tumultuar?

Para piorar, o relator perdeu a linha antes mesmo de começar o interrogatório, chamando Hang de bobo da corte, e seguiu uma linha estapafúrdia, com frequência “acusando” o interrogado de atos perfeitamente legais. Deu de bandeja à tropa de choque o combustível que ela precisava.

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Enfim, foi um desastre.

Em tempo: justiça seja feita aos bobos da corte, os bufões de outros tempos não eram necessariamente bajuladores, como disse Renan Calheiros. Ao contrário, eram os únicos a quem era permitido criticar o monarca e dizer verdade incômodas impunemente. O Brasil seria um país melhor se tivesse bobos da corte de verdade.

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