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Xiii… Os apocalípticos estão de volta e nos ameaçam de novo com o derretimento do planeta

Ai, meu Jesus Cristinho! Era fatal! Eles estavam na moita, mas voltaram para anunciar, uma vez mais, o Apocalipse de São João, revisado por Al Gore. Refiro-me aos fanáticos do aquecimento global. Quanto mais o mundo apresenta evidências contrárias às suas previsões, mais fanáticos eles se tornam. Assim são as seitas extremistas. Elas se alimentam […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h16 - Publicado em 11 Maio 2013, 06h52

Ai, meu Jesus Cristinho! Era fatal! Eles estavam na moita, mas voltaram para anunciar, uma vez mais, o Apocalipse de São João, revisado por Al Gore. Refiro-me aos fanáticos do aquecimento global. Quanto mais o mundo apresenta evidências contrárias às suas previsões, mais fanáticos eles se tornam. Assim são as seitas extremistas. Elas se alimentam de um mal que está sempre por vir. A VEJA da semana passada trouxe uma longa reportagem com os erros clamorosos dos apocalípticos. O aquecimento não compareceu ao encontro. A temperatura do planeta está estável já há alguns anos. E fez um frio de rachar no Hemisfério Norte. “Mas o mundo vai acabar se continuar assim”, eles gritam. Como ninguém viverá o bastante para constatar se estão certos ou errados, eles podem fazer predições livres de qualquer responsabilidade. A questão da hora é a emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Antes que os sectários berrem, digo eu mesmo. Não entendo zorra nenhuma de clima. Não sou especialista em nada dessas coisas. Mas gosto de lógica. Reproduzo texto publicado na VEJA.com, que traz as informações necessárias para entender o alarmismo da hora. Volto depois.
*
Nesta quinta-feira, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera medida diariamente pelo Observatório Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou a marca de 400 partes por milhão pela primeira vez desde o início das medições, em 1958. Segundo os pesquisadores, o valor é simbólico, pois nunca foi atingido durante toda a história da humanidade — pesquisas mostram que a última vez em que a concentração do gás na atmosfera chegou a um nível tão alto foi há mais de três milhões de anos.

O dióxido de carbono emitido para a atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas é o principal gás do efeito estufa, contribuindo com grande parte do aquecimento global. Assim que é emitido, o gás se espalha pela atmosfera — onde permanece por milhares de anos —, aprisionando a radiação do Sol e impedindo que o calor seja dissipado do planeta. Desde que os cientistas começaram a acompanhar sua concentração na atmosfera, ela vem crescendo a taxas cada vez maiores. Antes da Revolução Industrial, no século 19, a concentração média de CO2 era de cerca de 280 partes por milhão.

Os primeiros dados obtidos pelo Observatório Mauna Loa, em 1958, mostravam que a concentração de CO2 já estava na faixa de 316 partes por milhão. A partir daí, o nível só aumentou. Durante os primeiros anos de medição, a concentração crescia a uma taxa de 0,7 partes por milhão por ano. Na última década, esse crescimento acelerou e chegou a 2,1 partes por milhão por ano.

Observações realizadas no Observatório pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e pelo Instituto Scripps de Oceanografia durante as últimas semanas já mostravam que a marca estava para ser atingida. “Esse crescimento não é uma surpresa para os cientistas. Isso é uma evidência conclusiva de que o forte crescimento nas emissões globais de CO2 vindas da queima de carvão, petróleo e gás natural está levando a essa aceleração”, diz Pieter Tans, pesquisador do Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

NOAA
Tanto a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos e o Instituto Scripps de Oceanografia, realizam mediçõe periódicas no Observatório Mauna Loa, localizado perto de um vulcão extinto no Havaí

Marco pré-histórico
Durante os últimos 800.000 anos, a concentração de CO2 na atmosfera ficou entre 180 partes por milhão — durante as eras glaciais — e 280 partes por milhão, nos períodos mais quentes. A taxa atual de crescimento na concentração do gás é mais de 100 vezes mais rápida do que o aumento que houve no final da última Era Glacial.

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Os cientistas estimam que a última vez e que a concentração de CO2 chegou ao nível atual foi há mais de três milhões de anos, durante o Plioceno, época geológica em que as temperaturas na Terra eram cerca de três graus mais quentes do que hoje. “Não há como impedir que o dióxido de carbono ultrapasse a marca das 400 partes por milhão. Isso já aconteceu. Mas o que acontecer daqui para frente ainda vai influenciar no clima e pode ser controlado”, disse Ralph Keeling, pesquisador do Instituto Scripps de Oceanografia.

Limite
Os dados do IPCC ( o painel de mudanças climáticas da ONU) sugerem que a concentração de 450 ppm representa o limite a partir do qual o aquecimento ganharia uma dinâmica que poderia prejudicar a existência humana sobre o planeta. O ideal, ainda de acordo com o IPCC, seria manter a concentração abaixo de 450 ppm para evitar que a temperatura subisse acima dos 2 graus Celsius, limite capaz de provocar danos no ecossistema. Segundo estimativas do órgão, no pior cenário acabariam as geleiras do planeta.

É significativo o fato de a concentração de CO2 ter ultrapassado o limite de 400 ppm. Mas ainda é impossível precisar de forma definitiva quais serão os efeitos dessa concentração sobre o planeta.

Além disso, as medições do IPCC têm sido alvo de várias críticas. Como afirmou o climatologista inglês Nicholas Lewis em reportagem de VEJA, publicada em 8 de maio, que usou dados do próprio IPCC para prever o aumento da temperatura global até o ano 2100, não existe o risco de se concretizarem a maioria das previsões catastróficas que são propaladas pelos alarmistas, como a de que cidades à beira-mar vão ficar submersas.

Voltei
Eu confesso que não sei direito que diabos quer dizer uma concentração de dióxido de carbono de “400 partes por milhão”. Mas entendi que isso não é bom. Segundo as informações disponíveis, antes da Revolução Industrial, era de 280 partes, índice também da Era Glacial. Então pego daí. O planeta, sozinho, só com alguns dinossauros soltando uns puns, chegou a 280 partes por milhão. Aí vieram mais de sete bilhões de pessoas e chegamos a “apenas” 400 partes por milhão? Como eu sempre desconfiei, perversa mesmo é a natureza! Imaginem o quanto o homem transformou o mundo nesse período, e a gente não conseguiu produzir nem metade do que o planeta fez por sua própria conta?

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“Seu ridículo! Mas isso é muito!” É mesmo? As previsões feitas com base nos tão supostamente rigorosos modelos matemáticos não estão se cumprindo. Digam-me cá: para que não ultrapasse o tal limite dos 450, é preciso fazer o quê? Mandar o mundo parar para a gente descer? Desacelerar a economia da China — pedir para a Europa crescer menos é sacanagem, né? Os EUA não estão aquilo tudo. Com o Guido Mantega, ninguém precisa se preocupar. Ele cumpre a sua parte. A indústria brasileira já está indo para o vinagre. Produz pouco carbono…

Em 1650, a população mundial era de 500 milhões de habitantes. E havia, então, 280 partes de dióxido de carbono por milhão. Em 2012, o mundo superou a marca dos sete bilhões de pessoas — cresceu 13 vezes! Sim, claro, encanta-me que saibam com tanta precisão a concentração de dióxido de carbono de há 3 milhões de anos ou dos séculos 17 ou 18… Mas dou crédito aos tais “modelos”. É bem verdade que, nessas coisas, um errinho de interpretação pode fazer uma diferença danada.

Então tá… Os “especialistas” em clima, mesmo com os erros clamorosos que cometeram (não custa lembrar: as geleiras andaram crescendo ultimamente…), continuam a vender seu apocalipse. São pessimistas. Aliás, esse deve ser o pessimismo que mais rendeu dinheiro na história da humanidade. Eu decidi ser otimista. Se a população cresceu 13 vezes, e a emissão de dióxido de carbono não cresceu nem a metade do que já havia em 1650, acho que a gente tem salvação.

Uma coisa, eu sei. Não vai dar para eliminar 6,5 bilhões de pessoas para voltar às 280 partes do gás, né? O planeta vai ter de nos aguentar!

Que saudade do tempo em que as pessoas que odiavam a humanidade optavam pela literatura, pela filosofia, pela escatologia religiosa… A misantropia produziu uma literatura bem interessante. Mas não se viam poetas tentando direcionar os investimentos públicos. Hoje em dia, os misantropos são “cientistas do futuro”. Quanto mais erram, mais alarmistas e sedentos de verba se tornam. Por que não fundam logo uma religião? Eu já sugeri a Igreja dos Apóstolos do Aquecimento Global dos Últimos Dias.

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