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Uma visão ainda mais liberal

Crise do excesso de liberalismo? Não para os seguidores da Escola Austríaca, que acusam o governo americano de ter inflado a bolha financeira Por Igor Paulin, na VEJA: Fotos Kevin Lamarque/Reuters e Divulgação CONTRA A MARÉ Os economistas da Escola Austríaca, reunidos em Porto Alegre (à dir.), atribuem a crise a falhas do governo, como […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h31 - Publicado em 17 abr 2010, 08h07
Crise do excesso de liberalismo? Não para os seguidores da Escola Austríaca, que acusam o governo americano de ter inflado a bolha financeira


Por Igor Paulin, na VEJA:

Fotos Kevin Lamarque/Reuters e Divulgação
CONTRA A MARÉ
Os economistas da Escola Austríaca, reunidos em Porto Alegre (à dir.), atribuem a crise a falhas do governo, como os juros baixos demais de Alan Greenspan

Há dois anos, uma crise inaudita eclodiu nos Estados Unidos e arruinou as finanças de países inteiros. Críticos de esquerda regozijaram-se pelo abalo de um dos pilares do capitalismo, o livre mercado, e culparam a cobiça desenfreada de banqueiros pelo crash. Já os economistas do mainstream, representantes do consenso capitalista que administra os países mais maduros do planeta, reconheceram que houve falhas, como a ausência de um sistema regulatório mais eficiente para controlar fraudes e a especulação predatória. Apesar da vala mental que separa essas duas visões de interpretar o mesmo fenômeno, ambas convergiram na prescrição do remédio destinado a combater a recessão mundial. Recomendaram, em doses distintas, a ampliação da presença do governo, pelas vias do aumento dos gastos públicos, e também o acirramento da regulação financeira. Entretanto, há quem pense de forma diferente. Trata-se dos economistas da Escola Austríaca, uma corrente coesa de ultraliberais que exonera os propagandeados vícios do capitalismo dessa história. Segundo eles, foram na verdade as intervenções do governo que proporcionaram a crise. Mais do que isso, acreditam que o remédio que tem sido usado pelos governos mundiais, sobretudo o despejo de somas maciças de recursos estatais, é inadequado e trará mais problemas no futuro.

Na semana passada, o Instituto Ludwig von Mises, que congrega adeptos dessa corrente, realizou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o I Seminário de Economia Austríaca do Brasil. Em dois dias, foram debatidos os acontecimentos recentes da economia mundial, assim como o receituário heterodoxo e radical desses pensadores. Embora centenária e influente no passado, essa escola esteve, nos últimos anos, à margem do pensamento dominante. No século XX, os seus dois teóricos mais proeminentes foram Ludwig von Mises (1881-1973) e o ganhador do Nobel Friedrich von Hayek (1899-1992). Ambos tiveram papel notável na exposição das fragilidades intrínsecas do planejamento econômico e na condenação do socialismo, num momento em que boa parte da intelligentsia mundial via com fascínio o avanço soviético. Os escritos de Mises e Hayek acabaram por inspirar as reformas liberais que começaram nos anos 80. Agora seus seguidores propõem uma recuperação dessas ideias para oferecer uma alternativa em relação ao novo consenso que se forma no mundo pós-crise. Aqui


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