Sem a política, sobra a ditadura. A gente escolhe o quê?
Ainda vou tratar com mais vagar a coisa. Mas faço uma primeira abordagem. O ajuste fiscal é necessário? É, sim! As medidas que estão sendo votadas, na sua essência e no seu mérito, são absurdas? A resposta é “não”. Como se explica, então, a posição da esmagadora maioria da oposição e das centrais sindicais? Bem, […]
Ainda vou tratar com mais vagar a coisa. Mas faço uma primeira abordagem. O ajuste fiscal é necessário? É, sim! As medidas que estão sendo votadas, na sua essência e no seu mérito, são absurdas? A resposta é “não”. Como se explica, então, a posição da esmagadora maioria da oposição e das centrais sindicais?
Bem, a das centrais, para ser entendida, não requer muita prosopopeia. Defendem um ponto de vista que é do interesse das corporações que representam. E as oposições?
Vamos lá: incompreensível é o posicionamento do governo, não é? Se a questão do ajuste não tivesse estado no centro do debate eleitoral, talvez se pudesse esperar um comportamento mais compreensivo. Ocorre que Dilma venceu a disputa por margem bastante apertada atribuindo ao adversário intenções, segundo ela, malévolas, que estão agora na essência do pacote fiscal.
Obviamente, o PT não pode ganhar, quando faz promessas de estelionatário e quando põe em prática o estelionato.
Além de votar contra, a obrigação mínima da oposição é desgastar o governo o máximo possível. Isso é só política. E, sem política, o que se tem é ditadura. É tão simples!