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O PRÊMIO JABUTI E OS ASQUEROSOS 1 – O jornalismo na fase “Alemanha Oriental” no dia em que o Prêmio Jabuti se transforma num espetáculo de vigarice política

Vocês estão preparados para um exercício de jornalismo comparado e certamente INCOMPARÁVEL? Nunca antes nestepaiz se viu algo assim. Igual, só na Alemanha Oriental, nos tempos em que os melhores redatores tinham origem na Stasi, a polícia política. É bem verdade que nunca antes houve um Prêmio Jabuti assim, que ontem viveu O Dia da […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h42 - Publicado em 5 nov 2010, 17h00

Vocês estão preparados para um exercício de jornalismo comparado e certamente INCOMPARÁVEL? Nunca antes nestepaiz se viu algo assim. Igual, só na Alemanha Oriental, nos tempos em que os melhores redatores tinham origem na Stasi, a polícia política. É bem verdade que nunca antes houve um Prêmio Jabuti assim, que ontem viveu O Dia da Desmoralização.

Leiam o que publica a Folha de S. Paulo.

Prêmio Jabuti vai para Chico Buarque e Maria Rita Kehl
DE SÃO PAULO – Na noite de ontem, na Sala São Paulo, foram anunciados os vencedores do Prêmio Jabuti. “Leite Derramado”, romance de Chico Buarque, ganhou o prêmio de Livro do Ano de Ficção. É a terceira vez que Chico recebe a honraria. A obra também venceu no voto popular. “O Tempo e o Cão”, da psicanalista Maria Rita Kehl, foi eleito o melhor livro de não ficção pelo júri. Eles ganharão R$ 30 mil cada um. Também foram premiados os vencedores das 21 categorias da 52ª edição do Jabuti, anunciados em 1º/10.

Eu sei. Vocês não viram nada de errado aí. Chico Buarque ganhar prêmio de “Melhor Qualquer Coisa” no Brasil é comum. Ele ganharia até Premio de Melhor Caráter — caso disputasse. O concorrente, provavelmente, seria Frei Betto. Agora vamos ver a mesma notícia no G1:

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Chico Buarque leva Prêmio Jabuti 2010 por melhor ficção do ano
O cantor, compositor e escritor Chico Buarque recebeu o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro de ficção do ano por “Leite derramado”. A cerimônia de entrega aconteceu na Sala São Paulo, no bairro da Luz, região central da capital paulista, na noite da última quinta-feira (4). É a primeira vez em 52 edições da tradicional premiação literária brasileira que o mesmo escritor vence três vezes na categoria.
O cantor, compositor e escritor Chico Buarque recebe o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro de ficção do ano por “Leite derramado”. Cerimônia aconteceu na noite desta quinta-feira (4), em São Paulo).
Além da escolha do júri oficial formado por editores, “Leite derramado” também foi o vencedor no júri popular, uma novidade na edição deste ano – a votação contou com mais de 5 mil votos efetuados pela internet.
Na categoria não-ficção, os vencedores foram “O tempo e o cão”, de Maria Rita Kehl (júri oficial) e “Linguagens formais: teoria, modelagem e implementação”, de Marcus Vinícius Medena Ramos, João José Neto e Ítalo Santiago Vega (júri popular).
Veja a lista com os demais vencedores do 52º Prêmio Jabuti divulgada em outubro passado:
ROMANCE
1º – “Se eu fechar os olhos” (Record), de Edney Silvestre
2º – “Leite derramado” (Cia das Letras), de Chico Buarque
3º – “Os espiões” (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo

O leitor mais atento já percebeu alguma coisa. Agora vamos ver a mesma notícia da edição online do Estadão (NÃO É A IMPRESSA):

Chico Buarque recebe seu 3º Prêmio Jabuti
Habitualmente avesso a comparecer a eventos públicos, Chico Buarque de Holanda surpreendeu ao participar ontem à noite da entrega da 52.ª edição do Prêmio Jabuti, o mais tradicional da literatura brasileira. O evento aconteceu na Sala São Paulo.
Sua obra “Leite Derramado” (Companhia das Letras) ficou em segundo lugar na categoria Romance, do Prêmio Jabuti. Em primeiro, ficou “Se Eu Fechar os Olhos Agora” (Record), de Edney Silvestre. Em terceiro, o colaborador do ‘Estado’ Luis Fernando Verissimo, com Os Espiões (Objetiva).
Chico Buarque chegou discretamente, quando a cerimônia já tinha começado, e se sentou ao lado de seu editor, Luiz Schwarcz. Chico já havia vencido em outras edições do Jabuti, ganhando o prêmio máximo – Livro do Ano de Ficção. A primeira em 1992, por Estorvo, e depois em 2004, por Budapeste. O evento contou ainda com a presença do governador Alberto Goldman e do prefeito Gilberto Kassab.

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Voltei
O livro “Leite Derramado”, de Chico Buarque — que não li nem vou ler porque,  a exemplo do que ocorre com Lula, o sambista como romancista me dá sono —, concorreu na categoria “Romance”. E ficou em segundo lugar. O vencedor foi o excelente “Se eu fechar os olhos agora”, do jornalista Edney Silvestre, que já recomendei aqui. No próximo post, explico o truque para “premiar” Chico Buarque.

Edney foi banido da notícia na Folha de S. Paulo. No G1, ele aparece só na longa lista de premiação, e o redator ainda teve o capricho de errar o nome do livro  — ficou faltando a palavra “agora”. No Estadão Online, a informação relevante aparece no segundo parágrafo. Mas atenção: na edição impressa do jornal,  Silvestre desapareceu. Quem editou o texto preferiu reservar algumas linhas para informar que o sambista “se sentou ao lado do editor Luiz Schwarcz” (coisa relevantíssima!) e que ele ficou distribuindo autógrafos.

Tratei só de uma parte da nojeira. Falo mais no próximo post.

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