O dia 21 vai chegando ao fim, e Maia vai recuperando a razão. Ah, sim: ele também diz que Reinaldo Azevedo estava certo…
Pois é… Escrevi ontem um post sustentando que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), havia dito algumas insanidades, mas não uma em particular: aquela em que teria oferecido a Câmara para homiziar eventuais deputados foragidos da Justiça. Ele até chegou a falar em impeachment de ministros do Supremo, mas oferecer a Câmara como território […]
Pois é…
Escrevi ontem um post sustentando que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), havia dito algumas insanidades, mas não uma em particular: aquela em que teria oferecido a Câmara para homiziar eventuais deputados foragidos da Justiça. Ele até chegou a falar em impeachment de ministros do Supremo, mas oferecer a Câmara como território imune à democracia, isso não fez.
Leiam o que informa Felipe Bächtold, na Folha Online. Volto em seguida:
(…)
O atrito atingiu seu auge na quarta-feira (20), quando foi levantada a hipótese de os congressistas condenados no mensalão se “refugiarem” na Câmara, já que a Polícia Federal não tem autorização para entrar na Casa. Maia negou que tenha defendido essa ideia e disse que sua declaração sobre o assunto foi “completamente distorcida”. “Em nenhum momento fiz nenhum tipo de afirmação nessa direção. A única coisa que eu disse foi que essa questão não havia sido decidida e que, portanto, não havia opinião nem decisão a ser tomada.”
Sobre a chance de os deputados se refugiarem na Casa quando os recursos na ação penal tiverem se esgotado, o presidente da Câmara falou que não haveria “amparo legal” para isso. “Eles tiveram todo o direito de recorrer, de debater as suas opiniões e houve uma decisão do STF. Aí não teremos essa situação”. Maia esteve em Porto Alegre e participou de um evento com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP). O deputado petista falou ainda que vai avaliar a hipótese de a Câmara se manifestar no processo do mensalão sobre a cassação dos mandatos. “Pedi à Advocacia-Geral da União que faça uma análise técnica se há a possibilidade de a Câmara tecnicamente entrar no processo, expressando a sua opinião sobre a questão da prerrogativa de cassação”, disse.
Encerro
Ah, bom! Então tudo bem! Maia não ofereceu a Câmara. Maia acha descabida essa possibilidade porque os “deputados tiveram todo o direito de recorrer”. Maia, no máximo, mandou fazer uma consulta à AGU. Ok.
Será assim só porque Joaquim Barbosa recusou o pedido de prisão? Não também! Ele continuaria sem ter o que fazer se fosse o contrário. O resto é papo furado.