O ASSASSINO DE JOÃO HÉLIO ESTÁ SOLTO E SOB PROTEÇÃO. DEVE GANHAR UMA GRANA TAMBÉM. SOMOS REFÉNS DO PROGRESSISMO HOMICIDA
Eu poderia ter escrito o texto ontem, meus caros. Mas, como vocês sabem, porque me acompanham há tempos, eu o escrevi no dia 9 de fevereiro de 2007, há três anos e dez dias! É curto. Peço que vocês o releiam. E depois voltamos para o dia 19 de fevereiro de 2010. O menino João […]
Eu poderia ter escrito o texto ontem, meus caros. Mas, como vocês sabem, porque me acompanham há tempos, eu o escrevi no dia 9 de fevereiro de 2007, há três anos e dez dias! É curto. Peço que vocês o releiam. E depois voltamos para o dia 19 de fevereiro de 2010.
O menino João é o guri dos sem-Chico Buarque
Aquele “menor”, bem maior do que o menino João Hélio, cujo corpo ele ajudou a espalhar pelas avenidas do Rio, vai ficar três anos internado. E depois será solto entre os meninos-João, por quem não se rezam missas de apelo social. Resta só a dor da família: privada, sem importância, sem-ONG, “sem ar, sem luz, sem razão”. Sobre o assassino, há de se derramar a baba redentora rousseauniana: “ele nasceu bom; foram os insensíveis da classe média, à qual pertencia o menino João, que o tornaram um facínora”. Simbolicamente, a culpa é de quem morre. Também notei que os jornalistas ficaram um tanto revoltados com a polícia, que obrigou os bandidos a mostrar o rosto. Não há dúvida: terrível ameaça à privacidade!!! Era só o que faltava: trucidar o menino João e ainda ser obrigado a expor a cara… Que país é este? Já não se pode mais nem arrastar uma criança num automóvel e permanecer no anonimato? Sabem do que morreu o menino João? De um ataque virulento de progressismo. Para o menino João, não tem ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), não. Não tem ONG, não. Não tem música do Chico, não. O menino João já nasceu sem perdão. É o guri dos sem-Chico Buarque.
Voltei
Não pensem que me orgulho da minha antevisão, do meu acerto acachapante. Eu me envergonho é de o Brasil ter-se tornado essa coisa miserável. Não é por acaso que são assassinadas 50 mil pessoas por ano. Não é uma ocorrência acidental; não é fruto de causas alheias à vontade dos homens; trata-se mesmo de uma escolha.
Pois saibam que o assassino do menino João Helio fez 18 anos e já está solto. Por determinação da Justiça, deve ser incluído no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. Parece piada macabra, mas é verdade. No Rio, quem cuida da área é uma ONG chamada Projeto Legal. Enquanto esteve recluso, essa flor de candura se envolveu numa tentativa de homicídio. É! Ele tentou matar um agente da unidade em que estava internado.
O juiz Marcius Ferreira, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, afirmou que “a internação deveria ser mantida, […] sendo necessário mais tempo para que [o rapaz] se convença das vantagens da mudança de vida”. Ocorre que o famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente não permite, entenderam?
O sujeito trucidou João Hélio, tentou matar uma outra pessoa, mas agora está sob os cuidados dos “técnicos” do Projeto Legal. Admitido no programa de proteção — já que estaria sendo ameaçado de morte —, ele será transferido para um lugar seguro e ainda vai receber uma grana do estado brasileiro. A decisão final é da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. É aquele troço de Paulo Vannuchi…
Assassinos do Brasil, uni-vos!!! Matem, trucidem, esfolem… E depois gritem: “Estou sendo ameaçado de morte!!!”. E o estado brasileiro há de zelar pela sua segurança. Os assassinados, as vítimas, estavam por sua conta e risco. Os assassinos, os facínoras, foram todos estatizados. O Brasil criou a Bandidobras.
Cometer um homicídio, como se nota, pode render ao homicida uma vida segura e feliz. Circulou a informação de que o assassino já teria sido enviado a Suíça. Carlos Nicodemos, coordenador executivo da Projeto Legal, nega que isso tenha acontecido. Mas não se surpreendam de vier a acontecer. Este é um país que protege seus assassinos com determinação. João Helio é que não deu sorte.
Para encerrar
Mais uma eleição está aí. Este famigerado ECA passará incólume, a pôr na rua assassinos perigosos. Haverá um dia em que a vida real dos brasileiros ainda será tema de campanha, como acontece em democracias atrasadas como EUA, França, Alemanha, Itália, Espanha… Enquanto isso não acontecer, continuaremos reféns do “progressismo” que mata.