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Irã – Como sempre pode ser pior, Khamenei vence Ahmadinejad, mas atual presidente ainda tem chance de formar governo

No Estadão, por Lourival Sant’Anna, no Estadão: Os partidos mais próximos do líder espiritual Ali Khamenei foram os que elegeram mais deputados nas eleições de sexta-feira, 2, mas não é certo que o presidente Mahmoud Ahmadinejad fique com uma minoria reduzida no Parlamento. Isso porque muitos deputados eleitos não declararam seu apoio ao presidente para […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h24 - Publicado em 5 mar 2012, 07h21

No Estadão, por Lourival Sant’Anna, no Estadão:
Os partidos mais próximos do líder espiritual Ali Khamenei foram os que elegeram mais deputados nas eleições de sexta-feira, 2, mas não é certo que o presidente Mahmoud Ahmadinejad fique com uma minoria reduzida no Parlamento. Isso porque muitos deputados eleitos não declararam seu apoio ao presidente para evitar serem desqualificados pelo Conselho Guardião, controlado pelo líder espiritual, e também porque há muita margem de negociação no Parlamento iraniano, segundo analistas ouvidos pelo Estado.

“A estratégia de Ahmadinejad foi espalhar os seus partidários entre pequenos grupos e evitar que eles declarassem apoio ao presidente”, disse Kamal Taheri, um analista próximo ao presidente. “Eu vi muitos desses candidatos ‘independentes’ no gabinete de Ahmadinejad.” O analista Amir Mohebbian, de tendência conservadora, concorda que não se pode falar de derrota irreparável para o presidente: “Ainda não está claro se Ahmadinejad foi duramente golpeado ou não.”

Taheri estima que o presidente venha a ter o apoio firme de cerca de 100 dos 310 deputados. Segundo ele, no Parlamento atual, que tem 290 cadeiras, a base do governo é formada por “60 a 80″ deputados que “verdadeiramente” apoiam Ahmadinejad. As bancadas do Parlamento iraniano são tradicionalmente móveis. Os apoios flutuam de acordo com negociações e também com os humores do poderoso líder espiritual.

Impeachment
O novo Parlamento toma posse dia 28 de maio. Antes disso, Ahmadinejad poderá sofrer um processo de impeachment, por causa dos problemas econômicos vividos no país. O presidente cortou os subsídios para a gasolina, o gás, a eletricidade, a água e os alimentos básicos. Os preços dispararam. A inflação dos últimos 12 meses até novembro – o último dado oficial disponível – ficou em 22%. Para compensar a retirada dos subsídios, Ahmadinejad criou uma ajuda mensal de US$ 40 por pessoa. Mas muitos iranianos se queixam de que a ajuda não compensa o aumento dos preços.

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“Os deputados que não se reelegeram e não receberam promessas de cargo no governo vão se vingar de Ahmadinejad”, prevê Taheri. “Mas o líder espiritual não vai permitir o impeachment.” Khamenei controla os órgãos mais importantes do Estado e seu poder saiu fortalecido das eleições. A Frente Unida dos Principistas, que apoia Khamenei, foi a que obteve mais cadeiras, de acordo com 90% dos votos apurados até a noite deste domingo, 3. Em segundo lugar veio a Frente da Firmeza da Revolução Islâmica, que também apoia o líder espiritual e representa os fundamentalistas mais radicais, mas que tem sido menos crítica em relação a Ahmadinejad.

Os resultados finais devem sair nesta segunda. O ministro do Interior, Mostafa Najar, disse no domingo que mais de 200 distritos elegeram deputados. Aqueles em que nenhum candidato alcançar 25% dos votos terão de realizar segundo turno, em data ainda não definida.
(…)

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