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Fora do Eixo deixa um rastro de calotes na cidade em que nasceu

A essa altura, um mistério precisa ser decifrado: qual será o segredo de Pablo Capilé, o chefão do Fora do Eixo? Terá ele o dom da abdução? Por que tantos caem na sua lábia, inclusive no comércio, um ramo em que certa desconfiança é parte do jogo? Não sei. Diziam-me, antes que eu o tivesse […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h35 - Publicado em 18 ago 2013, 05h03

A essa altura, um mistério precisa ser decifrado: qual será o segredo de Pablo Capilé, o chefão do Fora do Eixo? Terá ele o dom da abdução? Por que tantos caem na sua lábia, inclusive no comércio, um ramo em que certa desconfiança é parte do jogo? Não sei. Diziam-me, antes que eu o tivesse visto, que era uma pessoa articulada, fluente, culta… Vi algumas de suas performances. Não! O que se pode dizer com certeza é que a ignorância raramente foi tão arrogante. Mas, de algum modo, seduz. Uma reportagem da Folha deste domingo informa o rastro de calotes que o grupo deixou em Cuiabá, onde tudo começou. Transcrevo trechos do texto de Rodrigo Vargas. Volto depois.
*
O pacote de notas multicoloridas, semelhantes às de jogos de tabuleiro, enche uma gaveta no caixa do restaurante de José Ignácio Lima, no centro de Cuiabá. O que os papéis representam, porém, está longe de ser brincadeira. “São R$ 21 mil, ou quase 2.000 refeições, que tento receber há três anos, sem sucesso”, diz Lima. As notas, de 1, 5, 10 e 50, são Cubo Cards, “moeda alternativa” lançada em 2003 pelo Espaço Cubo, grupo cultural mato-grossense que foi o embrião do grupo Fora do Eixo, hoje sediado em São Paulo e com braços pelo país. (…) “O acordo era que, se aceitasse os Cards como pagamento, eu trocaria parte em dinheiro e receberia parte em propaganda. Fiquei com este monte de papel”, diz Lima.

Trato semelhante foi feito com a rede de papelarias de Zerrer Salim, outro “colecionador” involuntário de Cubo Cards. Com R$ 22 mil a receber, ele conta que fechou um acordo com o Fora do Eixo e aceitou um longo parcelamento. “Não adiantou. Recebi apenas R$ 2.000 neste ano.” O rastro de calotes inclui artistas, donos de estúdios musicais e ao menos três hotéis. Um deles acionou na Justiça o líder do grupo, Pablo Capilé, e obteve sentença favorável, ainda não executada.
(…)

Voltei
O Fora do Eixo vive basicamente de dinheiro público — de estatais ou via leis de incentivo, que implicam renúncia fiscal. Seus métodos começam a sair do bueiro. É espantoso! Assim como Pablo Capilé não nega que o grupo usasse bens de seus internos (cartão de crédito e carro, por exemplo), Lenice Lenza, outra representante da turma — que parece ser o braço direito do líder da seita —, admite que as dívidas existem. Entendo. O Fora do Eixo se diz “coletivista”. Os valentes não viram mal nenhum em, como posso dizer?, socializar hotéis, papelaria, artistas…

Fiquemos de olho: a partir de agora, os que financiarem esses caras se tornam corresponsáveis por seus métodos.

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