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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Entendi: como o governo faz tudo certo, então a inflação cresce! Faz sentido…

No post abaixo, vocês encontram várias declarações de agentes do governo sobre a inflação. Muito bem! Já sabemos que Dilma se ocupa do problema “não só diuturnamente, mas também noturnamente”. É justo supor que não só ela… Mas, afinal de contas, o que é que se vai fazer? Antigamente, na pré-história, no Brasil pré-Real, havia […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h11 - Publicado em 26 abr 2011, 21h52

No post abaixo, vocês encontram várias declarações de agentes do governo sobre a inflação. Muito bem! Já sabemos que Dilma se ocupa do problema “não só diuturnamente, mas também noturnamente”. É justo supor que não só ela… Mas, afinal de contas, o que é que se vai fazer? Antigamente, na pré-história, no Brasil pré-Real, havia algumas supostas verdades arcanas na economia, só a poucos reveladas, que a transformava num saber impenetrável aos mortais, coisa de especialistas em artes adivinhatórias. Com as contas mais transparentes e a relativa popularização do jornalismo econômico, alguns segredos se esvaneceram. É possível perceber o palavrório de quem, em suma, não tem o que dizer.

Submetamos as falas que vão no post abaixo a uma interpretação de texto. Um ser lógico vai concluir, para desespero da própria lógica, que a inflação só está aí em razão do acúmulo de decisões corretas e sensatas… Como todo mundo fez a coisa certa, então a inflação passou a incomodar. Não dá!

Sejamos um tantinho mais rigorosos com as declarações e, de novo, com a lógica nelas embutida. Se a inflação é um problema mundial, originado pelo preço das commodities (e isso também é verdade), e se os desequilíbrios cambiais decorrem das “políticas de expansão intensa da liquidez internacional” (faz sentido), forçoso é reconhecer que só nos resta tocar um tango argentino, como no poema “Pneumotórax”, de Manuel Bandeira. Afinal de contas, não será o Brasil a dar um tombo nas commodities  — ainda bem, né? — ou a contrair a liquidez… Mas aí surge a pergunta: países não fazem suas respectivas políticas econômicas para se ajustar à conjuntura internacional?

Há muitas verdades derivadas, eu sei, de uma verdade essencial, que torna a economia complicada pra chuchu. Mas o núcleo não muda: há quem vende, há quem compra, e há a coisa vendida. Se a procura por um produto ou serviço é maior do que a oferta, o preço sobe. José Sarney e Hugo Chávez já tentaram resolver esse “desequilíbrio” com tabelamento. Aí a prateleira se esvaziou… Se a nossa Rainha Muda não tomar a firme decisão, nada simpática, de forçar a redução da procura para que os preços voltem ao leito, então eles não voltam. Depois de algum tempinho, o pipoqueiro da esquina sente a inevitável necessidade de reajustar o preço da pipoca… Não se trata só da luta contra a inflação. É uma luta contra uma cultura que infelicitou o país e puniu severamente os mais pobres. A economia brasileira ainda carrega aquela memória.

Sei lá… Dilma deve estar pensando em alguma maneira de preservar intocada a popularidade, combater a inflação e manter aquecido o consumo. Segundo a presidente, a chave está no aumento da “produtividade”. É… No longo prazo, faz sentido. Falta agora negociar com a inflação. Ela bem que poderia ser mais compreensiva, esperando que a produtividade aumente…

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