Diálogos Pertinentes – Mano & Kehl
Vou escrever um livro com conversas imaginárias chamado “Diálogos Pertinentes”. O que segue foi enviado por um leitor, que especula o que teria acontecido se o Roda Viva tivesse durado ontem mais uns 30 minutos: * Kehl – Mano, o que você pensa dessa nossa classe-média paulista ai? Brown – Aeh mina, a parada eh […]
*
Kehl – Mano, o que você pensa dessa nossa classe-média paulista ai?
Brown – Aeh mina, a parada eh o siguinte: tudo vagaba e playba tá ligada? Deixa eu passá um manifesto da perifa: Aeh Ibirapuera, aeh Jardins, aeh Vila Olimpia, si liga truta! O Bixo vai pegá…vacilô o jacaré abraçô. Nem os gambé sigura nóis, certo?
Kehl – Gente…olha! queria dizer para os colegas e para os telespectadores que estou superiperexcitada! Mano…você é a nova eucaristia niilista lindo! Você é aquilo sonhado pelo Caê e pelo Gil lá em 60! Eu quero te devorar! A tua perspectiva enquanto ser e ação quebra todos os paradigmas, mas todos meeeesmo! Você é a prova da sabedoria fecundada no lodo, no sangue e no lixo de uma cultura de mercado meu Golen rapper! A tua revelação é linda: o bandido mata, mas mata para trazer vida. O estuprador estupra, mas ele gera amor. E o seqüestrador seqüestra para, lá no fundo, nos reconciliar, nos unir. Eles querem quebrar as barreiras e os muros dessa ontologia ilusória e mentirosa criada pelo neoliberalismo. Viva você! Mano Brown!! Diferente da polícia tucana, os revólveres da periferia trazem vida!
Markun – (Cara de paisagem)