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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Casos de dengue triplicam em 2013, mas ministro do PT, que é nosso “brother”, não tem nada com isso…

Definitivamente, não vivemos tempos convencionais. Há fatos que parecem se dar numa realidade paralela. A ligeireza com que os petistas, com o beneplácito da imprensa, se livram de suas responsabilidades e transferem culpas é um troço assombroso. O exemplo que chega às raias da poesia é Fernando Haddad. Ele já decidiu que não vai mostrar […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h47 - Publicado em 26 fev 2013, 00h01

Definitivamente, não vivemos tempos convencionais. Há fatos que parecem se dar numa realidade paralela. A ligeireza com que os petistas, com o beneplácito da imprensa, se livram de suas responsabilidades e transferem culpas é um troço assombroso. O exemplo que chega às raias da poesia é Fernando Haddad. Ele já decidiu que não vai mostrar a cara enquanto chover na cidade de São Paulo. Seus secretários vêm a público, culpam Gilberto Kassab, que é seu aliado — parece parte de uma combinação, o que explica o ex-prefeito não reagir —, e prometem soluções. Haddad, de fato, não faz chover. Mas por que a culpa seria do outro?  “Ah, porque faltaram obras…” Quando é que todas as obras contra enchentes serão feitas? Para “resolver”, só fazendo Stálin voltar do inferno para forçar que alguns milhões, debaixo de porrete, como era de costume, deixassem áreas inundáveis e de risco. Mas não quero me perder nesse particular.

Os casos de dengue triplicaram em 2013. O combate à infestação tem, sim, uma dimensão municipal. Todos sabem disso. Mas a coordenação é, como também é sabido, federal. Logo, constatado o desastre, o mínimo que se deve fazer é cobrar uma providência do governo. É o que faz com qualquer partido. O PT está no poder há dez anos. Quem não se lembra dos “mata-mosquitos” perseguindo o tucano José Serra em 2002? A situação era muito menos grave do que agora, e a imprensa foi a primeira a jogar os casos de dengue nas costas do Ministério da Saúde — e do candidato.

Vi Alexandre Padilha no Jornal Nacional. Ele está abaixo, numa notícia do Estadão. Para falar o quê? Para nos advertir. Como quem não tivesse nada a ver com o peixe nem com o mosquito, ele advertiu que a coisa está só no começo, dando a entender que vai piorar. No fim das contas, voltamos àquele padrão: é culpa do vasinho, do pneu, da caixa d’água…

Sim, isso tudo conta, mas é evidente que há uma supestimação desses fatores. Ainda que se zerem dos quintais os criadouros de mosquito, eles estarão logo ali, na aguinha que fica parada nas plantas, nas poças d’água que se formam. E os malditos voam, não é? É CLARO QUE AINDA NÃO SE CONSEGUIU FAZER UM TRABALHO ADEQUADO DE SAÚDE PÚBLICA NESSA ÁREA. Mas nada se deve cobrar de Padilha. Fosse tucano, estaria no paredão. Ele é nosso mano, é nosso “brother”, também está preocupado. Se lastimo o tratamento da imprensa, parabenizo o ministro pela eficiência de sua assessoria. Vi a reportagem, li alguns textos, e me senti tentado a achar que eu sou mais responsável pelo combate à dengue do que ele próprio. Isso é que é exercício de cidadania! 

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Leiam o que informa o Estadão Online, por Lígia Formenti:
O número de casos de dengue triplicou em 2013 quando comparado com o mesmo período do ano passado. Até agora, foram confirmados 204.650 pacientes com a doença. Em 2012, foram 70.489. A epidemia já atinge os Estados do Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul , Mato Grosso e Goiás.

“A luta está só começando”, advertiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Além do aumento de casos, o Ministério da Saúde alerta que o número de cidades com criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresceu de forma significativa.

O mais recente Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que em janeiro 267 municípios apresentavam situação de risco para a dengue. Ano passado, 146 estavam nesta situação. O número de municípios classificados como em nível de alerta também subiu de 384 para 487.
(…)

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