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Até assassinatos no Pará são manipulados no debate de Código Florestal

A luta não poupa nem os cadáveres. Se puderem ser usados como argumento, tanto melhor. Um texto no Estadão Online começa assim: “No dia em que a Câmara dos Deputados pretende definir o futuro das florestas brasileiras, duas das principais lideranças em defesa das florestas do Pará foram assassinadas. O líder extrativista José Claudio Ribeiro […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h53 - Publicado em 24 Maio 2011, 18h16

A luta não poupa nem os cadáveres. Se puderem ser usados como argumento, tanto melhor. Um texto no Estadão Online começa assim: No dia em que a Câmara dos Deputados pretende definir o futuro das florestas brasileiras, duas das principais lideranças em defesa das florestas do Pará foram assassinadas. O líder extrativista José Claudio Ribeiro da Silva e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva, conhecidos pela luta contra a extração ilegal de madeira na floresta, foram vítimas de uma emboscada no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, na área rural da cidade de Nova Ipixuna (região de Marabá, PA), onde moravam. O caso já chegou à presidente Dilma Rousseff, que ordenou, através do ministério da Justiça, que a Polícia Federal investigue a morte do casal.”

Não é preciso ser muuuito esperto — só um pouquinho! — para perceber o que vai embutido no texto, certo? Só faltou escrever assim: “No dia em que os desmatadores querem uma lei para destruir a floresta brasileira, morrem dois mártires…” Logo, é evidente, quem quer aprovar o novo código estaria do lado dos assassinos, e quem não quer, das vítimas. Uma luta do bem contra o mal!

Quem recorre a assassinatos para obter um determinado objetivo é só um assassino, um homicida, um bandido. Não precisa de código legal nenhum! Vai matar com a lei atual ou com a próxima se não for contido antes.

Meter esses assassinatos no debate no novo Código Florestal é oportunismo rasteiro e macabro. No caso das mortes, é preciso botar a polícia para investigar e meter os assassinos na cadeia. Uma coisa é certa: ao novo código, por razões óbvias — como deixa clara a politicagem —, essas mortes não interessam.

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