As “ameaças” de Quícoli
Os parâmetros se foram. Quando é assim, pode acontece qualquer coisa O Jornal Nacional apresentou há pouco uma reportagem sustentando que o consultor Rubnei Quícoli “ameaçou” autoridades do governo. O verbo é forte, sem dúvida. Na farta documentação que ele reuniu demonstrando que o grupo de Israel Guerra se ofereceu para intermediar a eventual concessão […]
Os parâmetros se foram. Quando é assim, pode acontece qualquer coisa
O Jornal Nacional apresentou há pouco uma reportagem sustentando que o consultor Rubnei Quícoli “ameaçou” autoridades do governo. O verbo é forte, sem dúvida. Na farta documentação que ele reuniu demonstrando que o grupo de Israel Guerra se ofereceu para intermediar a eventual concessão de empréstimo do BNDES à empresa EDRB, há mensagens enviadas à Casa Civil cuja síntese poderia ser esta: “Ou libera essa dinheiro, ou eu boto a boca no trombone”.
Ah, com efeito, não é o melhor modo de fazer as coisas, não é mesmo? Cheira a chantagem. Mas a “chantagem” só fazia sentido porque, antes, UM GRUPO INSTALADO NA CASA CIVIL, de que fazia parte o filho da secretária-executiva do ministério e depois ministra, ofereceu facilidades que também cheiravam muito mal, não é?
A ficha criminal de Quícoli está sendo encarecida. Perfeitamente! Ele mesmo faz uma indagação que poderia ser resumida assim: “O que alguém com a minha ficha fazia reunido com a secretária-executiva do Ministério da Casa Civil?” Se o grupo de Israel não tivesse oferecido seus servicinhos a Quícoli, ele teria como fazer as suas “ameaças”? Por que elas não foram enviadas à Polícia Federal?
Digamos que a Quícoli interessasse a liberação da grana. À Casa Civil interessava esconder Quícoli.