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AHMADINEJAD, O MATADOR

No próximo dia 23, um delinqüente internacional chamado Mahmaoud Ahmadinejad chega ao Brasil. Ele é presidente do Irã e expressão, vá lá, leiga, da ala dura do clero xiita que desenvolve um programa nuclear secreto. O Irã quer a bomba. Sem ela, o país já financia dois movimentos terroristas: o Hezbollah, que, na prática, governa […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h24 - Publicado em 18 nov 2009, 06h13

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No próximo dia 23, um delinqüente internacional chamado Mahmaoud Ahmadinejad chega ao Brasil. Ele é presidente do Irã e expressão, vá lá, leiga, da ala dura do clero xiita que desenvolve um programa nuclear secreto. O Irã quer a bomba. Sem ela, o país já financia dois movimentos terroristas: o Hezbollah, que, na prática, governa o Líbano, e o Hamas, que tem o governo da Faixa da Gaza. Sem a bomba, o Irã já ameaça varrer Israel do mapa. Ahmadinejad, como se sabe, nega o Holocausto judeu e diz que tudo não passou de uma grande conspiração. Isso já seria o bastante para jogá-lo na lata do lixo. Não para o Itamaraty de Celso Amorim. Não para o governo Lula. Como não reconhecer? O governo brasileiro já adulou gente ainda pior. Um lulista poderia dizer: “Pô, a gente apóia o ditador do Sudão, que já matou 300 mil pessoas!”

Ahmadinejad chega na segunda-feira, seis dias depois de a Justiça do Irã, controlada com mão de ferro pela ala radical que ele representa, ter condenado cinco pessoas à morte e outras 81 a penas que variam de seis meses a 15 anos de prisão. Seu crime: participaram de protestos contra a fraude nas eleições — fraude que foi reconhecida pelo aiatolás do Conselho da Revolução Islâmica. Só o aiatolá Lula disse não ter visto nada demais, comparando os protestos da oposição a uma torcida contrariada, cujo time tivesse sido derrotado. Agora, com a profundidade política habitual, ele poderia continuar na alegoria: “Veja bem: nos estádios brasileiros, infelizmente, também morre gente de vez em quando…”

Tudo isso, dirão os pragmáticos, diz respeito à política interna do Irã, e o Brasil deve ser pragmático. Pragmatismo com um negador do Holocausto? Pragmatismo com um financiador do terrorismo? Pragmatismo com um governo que condena pessoas à morte por delito de opinião?

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Quando Shimon Peres, presidente de Israel, esteve por aqui, o governo fez saber que Lula defendeu a criação do estado palestino (é justo!) e o entendimento com o Irã: é uma estupidez porque é impossível haver entendimento com quem não o reconhece e promete destruí-lo. O Irã tem de se entender é com as normas do direito internacional.

Vamos ver quais serão as mensagens de Lula a Ahmadinejad que vazarão para a imprensa. Posso adivinhar: o presidente brasileiro defende a paz e acredita que todo mundo tem o direito ao uso pacífico da energia nuclear…

Quem defende a paz na conversa com um delinqüente está defendendo a paz dos delinqüentes. Já é comum citar, eu sei, mas vá lá. Quando Chamberlain e Daladier disseram a Hitler que ele poderia ficar com um naco da Checoslováquia desde que, depois, a Europa vivesse em paz, estavam fazendo, sem querer, a opção pela guerra. E com desonra. A “paz” a qualquer custo é coisa de bandidos. Os milhões de mortos da Segunda Guerra não deixam de ser uma magnífica obra do “pacifismo”.

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Volto à cena doméstica. Receber Ahmadinejad como líder de respeito, que tem o que dizer, corresponde, não tem jeito, a condescender com o terrorismo. É claro que um governo não precisa endossar práticas de outros para manter relações diplomáticas e comerciais. Ocorre que o presidente do Irã não é apenas “um outro”. Ele é o avesso da política; ele é a personificação do terror e, como se nota, esmaga o seu próprio povo.

O vídeo abaixo traz a morte de Neda Soltani, a jovem alvejada no meio da rua porque protestava contra a fraude eleitoral que ajudou a reeleger Ahmadinejad. Outra boa maneira de demonstrar repúdio à presença deste senhor no Brasil é esfregar nas suas fuças a imagem de Neda. É ele o seu assassino.

httpv://www.youtube.com/watch?v=S1AkoLPtuyI

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