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À PF, empresário revela “ajuda” à pré-campanha de Dilma

Por Leandro Colon, no Estadão. Volto depois: O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, confirmou à Polícia Federal (PF), na sexta-feira, que deu no primeiro semestre uma “ajuda” à casa onde funcionou a coordenação de comunicação da pré-campanha da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), dirigida pelo jornalista Luiz Lanzetta. Benedito contou que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h44 - Publicado em 3 nov 2010, 20h09

Por Leandro Colon, no Estadão. Volto depois:
O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, confirmou à Polícia Federal (PF), na sexta-feira, que deu no primeiro semestre uma “ajuda” à casa onde funcionou a coordenação de comunicação da pré-campanha da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), dirigida pelo jornalista Luiz Lanzetta. Benedito contou que frequentava a casa, no Lago Sul, em Brasília, duas vezes por semana. O local, segundo ele, também era frequentado por petistas. Lanzetta deixou a campanha em junho após o estouro do escândalo da quebra dos sigilos fiscais de tucanos.

Benedito de Oliveira é sócio de empresas que têm contratos com o governo federal, entre elas Dialog Eventos e Gráfica Brasil. Juntas, faturaram mais de R$ 214 milhões desde 2004. As empresas são alvos de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por suspeitas de irregularidades em licitação e prestação de serviços. Benedito disse que bancou os custos de uma casa no Lago Sul na pré-campanha de Dilma. “Era apenas uma ajuda na questão administrativa para a empresa de Lanzetta”, afirmou, em depoimento prestado na sexta-feira sobre a violação dos sigilos fiscais de tucanos. “Por conta dessa ajuda, frequentava a casa onde estaria instalada a empresa de Lanzetta e que a imprensa chamava de comitê de campanha”, afirmou. Ele disse que, embora não fosse um comitê oficial, era “comum a presença de membros do partido do PT na referida casa”.

Dossiê
No local funcionou o bunker de comunicação então comandado por Lanzetta. O empresário e o jornalista participaram do encontro em Brasília no restaurante Fritz, em abril deste ano, com o jornalista Amaury Ribeiro Jr. e mais duas pessoas.Naquele dia, teriam discutido o dossiê que Amaury preparou contra pessoas ligadas a José Serra (PSDB), então candidato a presidente. O jornalista foi indiciado pela PF por ter encomendado e financiado a violação dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha e do genro de Serra e de outros tucanos.

Foi o segundo depoimento prestado por Benedito. Na sexta, ele disse à PF que “quando efetivamente Lanzetta foi escalado como coordenador da campanha, isso por volta do início do ano de 2010, Lanzetta pediu ajuda ao declarante para ajudar na expansão de sua empresa”. O empresário, porém, disse que nunca participou de reuniões de “cunho político”. Ele contou que, no encontro no restaurante Fritz, não ouviu qualquer menção sobre um dossiê contra Serra. Disse que foi ao local apenas como convidado de Lanzetta. Indagado sobre as relações com o governo, Benedito afirmou que considera “normal” os contratos, já que seu grupo de empresas tem mais de 40 anos de atuação.

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Jornal
A PF ouviu hoje o diretor do Estado de Minas, Josemar Gimenez – Amaury Ribeiro Jr. era funcionário do jornal na época em que teria encomendado os sigilos fiscais dos tucanos, entre setembro e outubro do ano passado. Josemar afirmou que jamais pediu qualquer investigação nesse sentido ao repórter, inclusive em relação a Aécio Neves, que à época disputava indicação do PSDB para a disputa presidencial.

Ele entregou à PF documentos comprovando que Amaury estava em férias no período da violação dos sigilos. Os papéis mostram ainda que o jornalista foi desligado da empresa no dia 15 de outubro do ano passado. Segundo Gimenez, a última viagem a trabalho paga pelo jornal ocorreu no dia 23 de julho, portanto, meses antes da violação dos sigilos fiscais. Ele disse que o jornal mantém uma relação “institucional” com Aécio. O nome do ex-governador surgiu na investigação depois que Amaury contou à PF que decidiu investigar Serra ao saber que pessoas ligadas ao tucano estavam investigando Aécio. Gimenez afirmou que nunca pediu para o repórter apurar esse fato.

Comento
Só uma pergunta: essa “colaboração” foi devidamente registrada ou integra aquilo que Delúbio Soares chama “recursos não-contabilizados”? O fato de o notório Benê prestar serviços para o governo federal e ser um dos milionários do lulismo tem alguma relação com a sua “colaboração”?

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