Inverno: Revista em casa por 8,98/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A NOTA DO ITAMARATY E O FATOS

O Itamaraty divulgou uma nota de protesto contra o incidente envolvendo as forças israelenses e o tal comboio dito humanitário. Leiam o texto. Volto em seguida: * “Ataque israelense à “Flotilha da Liberdade” Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h10 - Publicado em 31 Maio 2010, 21h20

O Itamaraty divulgou uma nota de protesto contra o incidente envolvendo as forças israelenses e o tal comboio dito humanitário. Leiam o texto. Volto em seguida:
*
“Ataque israelense à “Flotilha da Liberdade”
Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.

O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.

Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.

Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.

A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.

Continua após a publicidade

O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.”

Comento
Trata-se de uma linguagem desavergonhadamente militante, o que não faz sentido na diplomacia. Havia meios de o Brasil expressar sua censura sem incorrer no proselitismo. Celso Amorim se acostumou a falar a parvos. Por que ele não explica que princípio do direito internacional autoriza que um bloqueio seja furado por “entidades internacionais”, sejam elas quais forem? Mais: Israel já havia deixado claro que não permitiria a chegada da tal flotilha “da liberdade” (!?!?!?!) a Gaza.

A hostilidade do governo Lula a Israel é conhecida e antiga. Não é a primeira vez — nem o Conselho de Segurança é o primeiro fórum em que isso se dá — que o Brasil tenta impor sanções morais ao país. Pode defender o Sudão; pode defender com unhas, dentes e cauda, o Irã, mas jamais encontrará ao menos a linguagem do comedimento para Israel.

Continua após a publicidade

Como Amorim é um destrambelhado, a nota não se limita a censurar o episódio em si e a expressar a sua preocupação. Vai logo exigindo o fim do bloqueio a Gaza. Por que não exige também o fim do terrorismo do Hamas, por exemplo?

Reitero: ajuda humanitária organizada por Bülent Yildirim não passa de piada macabra, e o fim não poderia ser outro. Divulguei o filme da abordagem. Vejam lá, logo nos primeiros segundos, um grupo de “pacifistas”, como chama Amorim, jogando um soldado israelense do convés de cima para o debaixo. A intenção, obviamente, era matá-lo. Em nome da liberdade.

Israel havia advertido há mais de uma semana que não permitiria que as embarcações chegassem a Gaza. Na abordagem, tentou convencer os militantes a mudar de rumo. Tudo em vão. Se a intenção era matar gente, poderiam tê-lo feito do alto, atirando do helicópero. Como as imagens deixam claro, os soldados são atacados pela turba quando descem no convés. E reagiram como… soldados. Alguma surpresa nisso?

Era o que queriam Yildirim e o Hamas? Possivelmente, sim! Nem por isso Israel deveria deixar de fazer o que tinha de ser feito: impedir a flotilha furar o bloqueio. É simples e complexo assim.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.