A nossa moral e a deles
Escrevi a nota abaixo sobre a única postura moral que considero correta nesta disputa e recebi de um petralha, anônimo, como sói, o seguinte comentário, que divido com vocês. Sempre é bom lembrar que eles existem: “Finalmente você atingiu o ponto máximo do ridículo… Finalmente você atingiu o ponto máximo do ridículo: reconhece que a […]
“Finalmente você atingiu o ponto máximo do ridículo… Finalmente você atingiu o ponto máximo do ridículo: reconhece que a vaca foi para o brejo, mas pretende continuar se enganando… Tá certo! Como diria minha avó: vontade também consola, meu filho…”
É isso, petralha, continuo “me enganando” porque você existe. A minha moral é a da resistência até a última hora; a sua é a de Rose Marie Muraro e Frei Betti; a minha moral não legitima o roubo em nome de causa; a sua começa roubando em nome de uma causa e termina por enriquecer larápios — o que dá na mesma, é bom dizer.
Aliás, os que estiverem dispostos devem recuperar, ou ler pela primeira vez, A Nossa Moral e a Deles, de Trotsky, que está no livro Moral e Revolução. Trotsky era infinitamente mais inteligente que dona Muraro, é claro. E, de posse de teses homicidas, era, portanto, muito mais perigoso também. Mas o princípio era o mesmo.
Um petralha realmente não está equipado para entender que se possa perder com altivez, que se possa ir até o fim. Porque, em nome do pragmatismo, eles podem dar uma surra na própria mãe. E ainda são capazes de se orgulhar disso. Isso quer dizer que eles serão sempre mesquinhos, mesmo na vitória. É a fúria escrava incapaz de falar como senhor, com autonomia.
Meu pai me ensinou a jogar truco. Era um excelente jogador e tinha notável sangue frio — característica que não herdei (e tarde demais para mudar). Quem conhece sabe que se joga em duas duplas ou dois trios adversários. Quando estávamos jogando, e eu percebia não ser o nosso dia, ele dizia impassível: “Não troco os nossos três pontos pelos 10 deles (a partida termina em 12)”.
Sim, existem a “nossa” moral e a “deles”. E eu não troco “a nossa” pela “deles”. Porque não farei nada que não lhes permitisse também fazer; mas não lhes facultarei em silêncio, em nome dos meus princípios, que façam o que me negariam em nome dos deles. Se pareceu um complicado jogo de palavras, peço que releiam com atenção. Isso é fundamental.
Tivessem os democratas brasileiros essa clareza, a canalha não teria ido tão longe e não teria fundado a teologia da merda. Você já perdeu, petralha. Mesmo que ganhe.
 
	 
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