Witzel atira contra Moro e Aras e denuncia ‘sucateamento’ da PF e PRF
'Augusto Aras deveria explicar a razão da falta de ações efetivas do MPF para impedir a entrada de drogas e armas de guerra no Brasil', diz governador
Em guerra com Jair Bolsonaro desde que foi acusado de usar a polícia para tentar comprometer o clã presidencial no assassinato de Marielle Franco, Wilson Witzel deu, há pouco, mais um passo no conflito com o governo federal.
Ao comemorar há pouco o trabalho da polícia do Rio, que apreendeu um carregamento de duas toneladas de maconha, Witzel atirou contra o que chamou de “constante sucateamento da Polícia Federal”. Na avaliação do governador, seria a negligência da PF, prejudicada pela deterioração dos seus quadros, que teria permitido a chegada da droga ao estado.
“É inadmissível que duas toneladas de maconha sejam transportadas pelo país e entrem no Rio. É uma quantidade muito grande para transitar livremente sem que as forças federais de segurança se deem conta”, escreveu o governador.
O alvo da vez foi a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal do governo Bolsonaro. Ambas, como se sabe, são vinculadas à pasta de Sergio Moro. Witzel diz que as duas instituições “contam com valorosos agentes”, mas estão “sem estrutura adequada para trabalhar”.
Sobrou ainda para o chefe da PGR, Augusto Aras, que não estaria, na visão do governador, fazendo seu trabalho direito no MPF. “Augusto Aras deveria explicar a razão da falta de ações efetivas do MPF para impedir a entrada de drogas e armas de guerra no Brasil”, disparou Witzel.