Após escândalo de racismo, clube celeiro de atletas olímpicos cria comitê
Um dos mais tradicionais do país, o centenário Pinheiros tem pouquíssimos sócios negros
Clube de elite do país e um dos principais celeiros de atletas olímpicos brasileiros, o Pinheiros, em São Paulo, criou recentemente um comitê de diversidade e está em conversas com o Instituto Ethos para melhorar suas práticas nessa área.
A iniciativa tomou corpo depois que um ex-atleta negro denunciou ter sofrido discriminação por causa da cor de sua pele. Uma auditoria interna confirmou a ocorrência de casos de racismo e de assédio moral no departamento de ginástica.
O trabalho, em fase inicial, representa um enorme desafio para a instituição que tem 121 anos e 38 000 sócios.
Não há ainda um censo oficial sobre o perfil deles, mas quem conhece a realidade do clube estima que o número de sócios negros não chega a vinte – o equivalente a 0,05%.