Antes da sabatina, senador apresenta voto contra Kássio Nunes no STF
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), titular da CCJ, cita problemas no currículo e relação do indicado por Bolsonaro com petistas

Titular da Comissão de Constituição e Justiça, o colegiado que irá sabatinar o desembargador Kássio Nunes Marques nesta semana, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) já tem pronto um voto separado contra a aprovação do nome do escolhido por Jair Bolsonaro para substituir Celso de Mello no STF.
São vários os aspectos apontados por Vieira que conduzem seu voto contra. Para ele, não há como medir o saber jurídico de Nunes, pré-requisito para a vaga. O desembargador não passou em concursos públicos, foi sempre beneficiado por indicações políticas, aponta Vieira.
O senador também critica a “carreira acadêmica sólida” de Nunes Marques e cita inconsistências no currículo. “O senhor Marques tem sido amplamente questionado acerca da higidez seu currículo, especialmente quanto à regular obtenção dos títulos e à legítima produção de seus trabalhos acadêmicos”, diz Vieira.
Pesa também a suspeita de plágio, uma “acusação grave e que gera altíssima preocupação ao se considerar um candidato ao mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro”.
A relação de Nunes Marques com petistas, em especial com o governador Wellington Dias, do Piauí, é citado por Vieira. A mulher do desembargador foi empregada no gabinete de Dias, quando senador. Até a decisão de Nunes Marques autorizando o STF a fazer licitação para compra de lagostas e vinhos foi citada por Vieira.