Nova plataforma da prefeitura revela o horror de ser mulher no Rio
Cruzamento de dados mostra que a cada 6h, uma mulher foi estuprada; dessas, 41% eram crianças de 0 e 11 anos e, 57% delas, negras

A gestão de Eduardo Paes no Rio acaba de colocar na rua uma plataforma que mostra informações sobre as 3,6 milhões de mulheres que vivem na capital fluminense.
Idealizada pela Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher, a ferramenta foi desenhada em tecnologia geográfica ArcGIS, que cruza dados, pessoas e mapas para transformar a coleta em conhecimento estratégico.
“Trata-se de um hub com diversos dados que são apresentados à população, como o perfil das mulheres do município, informações sobre violência contra a mulher por região de planejamento, entre outros”, explica Leticia Mose, especialista GIS para governos municipais e estaduais da Imagem Geosistemas.
Um exemplo dos dados: a cada 6h, uma mulher foi estuprada no Rio. Dessas, 41% eram crianças entre 0 e 11 anos de idade. Dessas, 57% são negras. As fontes de dados consideram os registros de ocorrências na cidade.
A empresa é a distribuidora exclusiva do ArcGIS no Brasil, tecnologia da gigante norte-americana Esri. Com a solução, os gestores públicos passam a ter análises regionalizadas e tornam-se aptos a relacionar informações sociais e estatísticas, permitindo que políticas públicas sejam criadas com base em dados e localização.