Pazuello será nomeado estrategista do governo por Bolsonaro
General assumirá cargo na Presidência sobre formulação de políticas públicas, abaixo do almirante Flavio Rocha

O general da ativa do Exército Eduardo Pazuello está de malas prontas para voltar ao governo Jair Bolsonaro. Pouco mais de dois meses depois de ser demitido do comando do Ministério da Saúde, o militar deve ser nomeado ainda nesta segunda-feira para ocupar um cargo no Palácio do Planalto, dentro da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, a SAE— comandada pelo almirante Flávio Rocha.
Segundo fontes ouvidas pelo Radar, só falta definir para qual das duas secretarias que compõem a estrutura da pasta Pazuello irá: a de Planejamento Estratégico ou a de Estudos Estratégicos. De todo modo, o general que é exaltado pelo presidente pelo suposto domínio da logística retornará ao governo federal para ser um dos estrategistas do Planalto.
Ambos os cargos são de DAS 6, o mais alto do grupo no serviço público, com salário de aproximadamente 17.000 reais.
O ex-ministro ficou pouco mais de dez meses à frente da Saúde. Desde que foi exonerado, retornou ao Exército e já teve que prestar depoimento na CPI da Pandemia, no Senado, para onde foi reconvocado porque “mentiu muito” — nas palavras do relator, Renan Calheiros.
No domingo retrasado, ele se torno pivô de mais uma crise na caserna ao ser convidado por Bolsonaro para participar de uma “motociata” no Rio de Janeiro.
Agora, o general responde a procedimento no Exército, que se encontra diante do dilema entre puni-lo exemplarmente ou desagradar o chefe das Forças Armadas, patrocinador da empreitada.