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O sermão de Maia em uma deputada que mexeu com o pai dele

Transcrição revela tensão na reunião, na qual presidente da Câmara relembra tortura sofrida por César Maia na ditadura

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jan 2021, 11h05 - Publicado em 24 jan 2021, 11h02

“Deputada, nunca mais fale de ditadura comigo. Nunca mais! A senhora não sabe o que meu pai passou. Meu pai foi torturado, colocaram no ânus dele um cassetete, levou um tiro, e só não morreu porque estilhaçou na grade. Nunca mais trate desse tema comigo!”

A dura declaração acima foi feita por Rodrigo Maia, durante a reunião da Mesa da Câmara, na última segunda-feira. A deputada citada e a quem se dirigia foi Soraya Santos (PL-RJ), 1ª Secretária da Casa.

As notas taquigráficas com o conteúdo da reunião revelam o clima tenso. Soraya é aliada de Jair Bolsonaro e apoiadora enfática de Arthur Lira na disputa pelo comando da Câmara.

O assunto em pauta era o problema da bancada do PSL, tema que divergiam. Soraya provocou Maia.

“Não podemos aceitar a ditadura em pleno século 21”, disse a deputada, que voltou ao assunto.

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“Sr. Presidente, Vossa Excelência é um democrata, sabe o que a ditadura pregou na vida de Vossa Excelência, que sempre defendeu essa liberdade”.

Se deu, então,  a reação de Maia, que não parou aí e aproveitou para espinafrar Bolsonaro e suas ameaças de fechar o Congresso.

“Quem defende a ditadura é o presidente que vocês apoiam, o Presidente da República. Não somos nós, que estamos defendendo esta Câmara independente. Vocês estão tentando sequestrar a Presidência da Câmara, e não vão sequestrá-la enquanto eu for Presidente”.

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E fez uma ameaça com abertura do impeachment.

“E, se o presidente continuar apoiando vocês nesse clima pesado, ele vai levar um impeachment pela frente, hoje ou amanhã…Quem garantiu a esta Casa, neste governo Bolsonaro, a liberdade de nós atuarmos, modéstia à parte, fui eu! Fui eu, porque ele queria fechar o Parlamento, ele queria fechar o Supremo Tribunal Federal. Ele foi às ruas na manifestação contra nós. Então, ninguém tem o direito de tratar desse tema comigo”.

E encerrou, voltando a se referir a César Maia.

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“Passei com o meu pai o que nenhum de vocês passou. E não aceito nada que se aproxime de dizer que esta Mesa pode estar tomando qualquer decisão ditatorial”.

Seu pai, o vereador e ex-prefeito César Maia, foi alvo da ditadura. E viveu no exílio, no Chile, onde Maia nasceu.

 

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